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Angola

Angola empurra amortizações mas paga juros aos bancos chineses

Poupa 6,2 mil milhões até 2022 mas paga depois

Depois de vários meses de impasse, Angola garantiu acordos com os seus principais credores comerciais, o Banco de Desenvolvimento da China (BDC) e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, sigla em inglês) para apenas pagar os juros da sua dívida, empurrando o pagamento das amortizações para dentro de 7 e 3 anos, permitindo poupanças de 6,2 mil milhões USD até final de 2022, de acordo com cálculos do Expansão com base no relatório do FMI sobre a quarta avaliação a Angola. Depois de vários meses de impasse, Angola garantiu acordos com os seus principais credores comerciais, o Banco de Desenvolvimento da China (BDC) e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, sigla em inglês) para apenas pagar os juros da sua dívida, empurrando o pagamento das amortizações para dentro de 7 e 3 anos, permitindo poupanças de 6,2 mil milhões USD até final de 2022, de acordo com cálculos do Expansão com base no relatório do FMI sobre a quarta avaliação a Angola.

Ao todo, o que Angola poupa em pagamentos aos dois bancos chineses até 2023 representa 88,5% do alívio de 7 mil milhões USD garantido pela renegociação da dívida junto dos seus maiores credores, onde se inclui a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI) do G20 e a dívida bilateral à China, por via do Eximbank, a quem Angola devia, no final de 2019, 4,8 mil milhões USD.

Os acordos com a China raramente são transparentes já que o gigante asiático não revela os termos contratuais dos seus financiamentos e impõe silêncio aos seus parceiros, não sendo, por isso, perceptível porque é que a dívida ao Eximbank (Banco de Exportação-Importação da China ) é considerada dívida bilateral e garante, à semelhança da DSSI, a suspensão do pagamento de juros e amortizações, enquanto a dívida aos outros dois bancos é considerada comercial, já que todos eles são bancos institucionais chineses para implementar as políticas estatais na indústria, comércio exterior, economia e ajuda externa daquele país.

(Leia o artigo integral na edição 608 do Expansão, de sexta-feira, dia 22 de Janeiro de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)