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Angola

Refinaria de Cabinda continua sem sinais de vida

DECLARAÇÕES OFICIAIS APONTAVAM PARA O ARRANQUE DAS OPERAÇÕES EM JULHO

A última data para a entrada em funcionamento da Refinaria de Cabinda, no início do segundo semestre de 2025, foi anunciada pelo PCA da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, no final de Fevereiro, durante a tradicional conferência de imprensa anual da petrolífera angolana. Esta foi a sétima previsão apresentada pelos diversos responsáveis, incluindo o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, e gestores da Gemcorp, empresa que detém 90% do capital do empreendimento.

Antes das declarações do PCA da Sonangol, detentora dos restantes 10% da refinaria, em Outubro de 2024, Atanas Bostandjiev, fundador e presidente executivo da Gemcorp, disse à agência Reuters que a unidade deveria iniciar a produção em Abril de 2025, com a "conclusão da primeira fase antes do prazo previsto, mas acima do orçamento".

"A refinaria entrará em funcionamento em Janeiro-Fevereiro, com os primeiros fornecimentos a chegarem ao mercado local em Março-Abril", revelou Bostandjiev na mesma ocasião.

As declarações juntam-se a outras previsões: a primeira apontava para final de 2021, depois passou para o primeiro trimestre de 2022, seguindo-se Junho de 2022, Dezembro de 2022, Dezembro de 2023 e final de 2024.

O processo de construção da refinaria teve início em 2017, quando um concurso internacional realizado para o efeito definiu a empresa United Shine (ligada ao empresário russo-israelita Arcadi Gaydamak) como vencedora. Cerca de dois anos depois, em Dezembro de 2019, o concurso foi cancelado e o projecto foi entregue, por ajuste directo e sem grandes justificações, à Gemcorp.

A primeira fase da refinaria modular, orçada em 473 milhões USD - o triplo da estimativa inicial - vai previsivelmente produzir nafta, Jet A1 (para aviões), gasóleo e fuelóleo pesado (HFO), sendo a nafta e o HFO destinados aos mercados de exportação.

Espera-se que abasteça 10% do mercado interno, antes de duplicar a sua capacidade para 60.000 barris/dia, na segunda fase do projecto, com a possibilidade de processar entre 90 a 120.000 barris de petróleo/dia.

Apesar de ser apresentada como iniciativa privada, na realidade foi a Sonangol que avançou com o valor inicial, como foi reconhecido pela petrolífera.

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