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Odebrecht regressa em força a convite da Gemcorp

Refinaria de Cabinda

A brasileira Odebrecht está de regresso às grandes obras públicas no País para construir a refinaria de Cabinda a convite do fundo Gemcorp, responsável pelo financiamento e implementação do projecto, avaliado agora em 920 milhões USD, mas que lhe tinha sido entregue por ajuste directo em Outubro de 2019 por 470 milhões USD.

Para passar a obra para a Gemcorp, o Executivo retirou-a ao consórcio United Shine Limited ligado ao empresário russo-israelita Arcadi Gaydamak, que em 2017 tinha vencido um concurso público internacional para a construção da refinaria, mas acabou por ser afastado em 2019.

Após inicialmente ter apontado a custos de 470 milhões USD, a Gemcorp duplicou os valores devido a algumas adaptações ao projecto, que obrigam também ao alargamento dos prazos. Inicialmente, a primeira fase deveria estar concluída ao I trimestre de 2021, já com uma produção de 30.000 barris/dia, passando depois para I trimestre de 2022.

Velhos sócios em Angola

A entrega da refinaria de Cabinda ao fundo Gemcorp valeu fortes críticas ao Executivo angolano por este ser um fundo de investimento sem qualquer experiência neste tipo de obras e com alguns negócios suspeitos feitos em Angola. Tirar o russo-israelita Arcadi Gaydamak desta obra e entregá-la a um fundo de investimento sedeado em Londres mas com fortes ligações à Rússia também suscitou algumas dúvidas sobre o negócio. A Gemcorp tinha sido dos principais financiadores de Angola nos últimos anos de Eduardo dos Santos no cargo, sendo actualmente os maiores gestores de activos do Banco Nacional de Angola ao mesmo tempo que são dos principais credores do país e do próprio BNA.

(Leia o artigo integral na edição 616 do Expansão, de sexta-feira, dia 19 de Março de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)