No ano passado, a venda destes produtos ao exterior cresceu 95% face a 2019, uma tendência positiva que contrasta com a queda da exportação de petróleo, que ainda assim representa 94% das vendas angolanas ao estrangeiro.

A exportação de madeira mais do que duplicou, passando de 37,4 milhões USD em 2019 para 92,3 milhões USD em 2020. São os efeitos do aperto da legislação do sector e da fiscalização já que houve um maior controlo devido à implementação dos entrepostos comerciais.

Já a exportação de pescado cresceu 64% para 88 milhões USD, enquanto a venda de granito ao exterior subiu 302% para 34 milhões USD. Nota também para as bebidas que renderam 33 milhões USD em vendas ao estrangeiro, e dos 26 milhões em cimento.

Apesar de terem quase duplicado as exportações destas mercadorias, os valores são ainda muito baixos face ao que o país necessita para diversificar a sua economia. Desde 1991, Angola exportou apenas 4.138 milhões USD neste tipo de mercadorias, o que representa apenas 0,5% do total das exportações angolanas.

Segundo o economista António Estote, este é um sinal claro da petrodependência, já que o país optou por se especializar apenas e só na produção de petróleo devido à abundância desta matéria-prima na costa angolana. Um dos efeitos de não ter feito a diversificação é reflectido no tipo de importações que o país fez ao longo de 30 anos, em que 61% das mercadorias foram bens de consumo corrente.

(Leia o artigo integral na edição 619 do Expansão, de sexta-feira, dia 9 de Abril de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)