Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Angola

Cooperativas de produtores de diamantes em Malanje e SODIAM de costas viradas

Produtores dizem estar reféns da SODIAM, que nega acusações

As cooperativas de produtores de diamantes, em Malange, queixaram-se esta semana de estarem reféns da SODIAM que "não paga o preço justo" pela sua produção e pedem ao ministério da tutela para rever o processo de negociação das pedras preciosas produzidas pelas cooperativas. SODIAM nega acusações.

A informação foi avançada pelo presidente das cooperativas dos produtores de diamantes daquela região, Armindo Comby, durante um fórum de negócios que reuniu esta semana o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET) e os operadores dos recurso minerais de Malange.

Os associados admitem sentirem-se defraudados pela SODIAM e pedem ao MIREMPET para que reveja o processo de negociação ou de vendas dos diamantes produzidos pelas cooperativas. "A nossa produção muitas vezes chega a ser desvalorizada porque não temos alternativas de vendas de diamantes, ou seja, não temos escolhas porque o único comprador é a SODIAM, que muitas vezes não paga o preço justo. Queremos que seja revista a forma de avaliar a nossa produção", disse Armindo Comby. E acrescentou: "A SODIAM atrasa muito para pagar os diamantes produzidos pelas cooperativas", disse. Essa situação, de acordo com o gestor, tem feito recuar os investidores.

Por isso, defendem os mineiros de Malange, é preciso que o Estado ajude a contratar uma linha de financiamento para esta actividade, com incentivos que passam pela facilitação dos créditos às cooperativas organizadas e que tenham contabilidade.

O objectivo, sublinha Armindo Comby, é responder às necessidades dos pequenos empresários, criação de casas de vendas na região e aumentar a empregabilidade entre a juventude local.

Os produtores denunciam ainda a existência de conflitos de interesse e lembram que há vários casos em que uma determinada área foi cedida a uma cooperativa, mas mais tarde aparece alguém documentos e direitos de exploração mineira do local.

(Leia o artigo integral na edição 621 do Expansão, de sexta-feira, dia 23 de Abril de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)