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Economia

Banco estrangeiro compra dívida pública pela segunda vez

SEGUNDA OPERAÇÃO REALIZADA PELO STANDARD BANK

Trata-se de uma operação de 11 milhões USD aplicados em obrigações do tesouro não reajustáveis, com uma maturidade de quatro anos.

O Standard Bank de Angola realizou no início do mês a segunda operação de investimento de um investidor estrangeiro em títulos de dívida pública em moeda nacional, tratando-se de um banco com sede no Reino Unido, revelou ao Expansão Rodrigo Kinsukulu, o director da sala de mercados da instituição bancária. Esta operação ascendeu ao valor equivalente em Kz equivalente a 11 milhões USD, aplicados em obrigações de tesouro não reajustáveis com 4 anos de maturidade.

O banco com sede no Reino Unido é o mesmo cliente que no mês passado inaugurou o processo de entrada de investidores estrangeiros no mercado de dívida pública em moeda nacional, tendo para o efeito aplicado 10 milhões de dólares em obrigações do tesouro não reajustáveis, ou seja, não indexadas a taxa de câmbio. Questionado se o facto de a instabilidade do Kwanza não ser um factor dissuasor do investimento estrangeiro em dívida pública, o responsável explicou que este tipo de cliente - bancos internacionais - quando faz este tipo de movimento tem sempre por trás uma operação que os protege da desvalorização cambial já que está a investir para posteriormente dispersar a fundos de investimento.

O alargamento da base de investidores através de uma maior participação de investidores estrangeiros tem a vantagem de que estes normalmente exigem obrigações a médio e longo prazo, o que permite ao Governo o reperfilamento da dívida, prolongando os prazos de vencimento das suas dívidas. "A presença de investidores estrangeiros contribuirá para diversificar a base de investidores de títulos do Estado", revelou.

Ate à ultima sexta-feira, os investidores não residentes em Angola representavam uma exposição de 2,32% sobre o total da dívida titulada em moeda nacional. O Standard realizou já este mês um roadshow, com investidores do Reino Unido e da África do Sul, trazendo-os às instalações dos reguladores do sistema financeiro angolano. Entre eles estavam representantes de fundos de investimento estrangeiros.

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