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Economia

Política dos EUA afecta petróleo

SEMANA DE 24 A 29 DE JANEIRO

A perspectiva de aumento da produção de petróleo nos Estados Unidos da América e o apelo à OPEP e à Arábia Saudita para redução de preços impulsionaram a queda no mercado petrolífero internacional.

Os preços do petróleo acumulavam perda na semana, devido a factores macroeconómicos e políticos. Destaca-se as declarações do novo Presidente dos EUA sobre o aumento da produção interna de petróleo e gás, bem como a flexibilização das leis ambientais e a saída dos EUA do Acordo de Paris. Essas medidas intensificaram as preocupações sobre a possibilidade de excesso de oferta petrolífera no mercado.

Outro factor que contribuiu para a desvalorização da commodity foi a decisão do governo norte-americano de recuar nas restrições de vistos e na imposição de tarifas alfandegárias adicionais de 25% sobre produtos colombianos. Essa mudança ocorreu após a Colômbia aceitar a repatriação de seus cidadãos, reforçando a tendência de queda nos preços do petróleo.

O apelo dos EUA à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Arábia Saudita para redução dos preços, também aumentaram a pressão sobre os preços do mercado. O West Texas Intermediate (WTI), referência para os EUA, desvalorizou 3,44% para 73,26 dólares por barril e o Brent Brent, referência para europeias e para Angola cedeu 2,86% para 77,02 dólares por barril.

No lado dos factores macroeconómicos, as preocupações com a economia chinesa pressionaram o mercado petrolífero, com a desaceleração do índice de gestores de compras industrial, o que reduziu as expectativas de consumo de petróleo pelo maior importador de crude.

Estiveram a contrabalançar a queda dos mercados petrolífero, a instabilidade nos portos da Líbia, que enfrenta bloqueios devido a protestos, o que resultou na disrupção da oferta em cerca de 450 mil barris por dia.

Os principais índices europeus registaram ganhos acumulados ao longo da semana, impulsionados principalmente pelo anúncio de um modelo de inteligência artificial da DeepSeek, que pertence a uma startup chinesa que surge como concorrente do ChatGPT. O anúncio influenciou a percepções dos investidores sobre o domínio norte-americano no sector tecnológico, que levou os índices S&P 500, Nasdaq e o NYSE Composite a cederem. Por fim, na Ásia, o índice Shanghai Composite subiu 0,52%, influenciado pela pretensão do seu Governo em disponibilizar mil milhões de yuans de seguradoras estatais e fundos mutualistas no mercado de acções. No Japão o Nikkey 225 cedeu 1,30%, a reflectir uma subida nos juros efectuado pelo Banco Central em 25 pontos base para o nível mais alto em 17 anos.

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