Principais produtores mundiais de diamantes debatem baixa dos preços
Angola participa desde ontem, e até à próxima sexta-feira, na Reunião Plenária do Sistema de Certificação do Processo Kimberley no Dubai, que tem como maior objectivo concertar estratégias e implantar soluções que permitam de manter o equilíbrio dos preços de diamantes nos mercados internacionais.
A proliferação de diamantes laboratoriais (sintéticos) nos principais mercados tem "empurrado" os preços por quilate para baixo, ao mesmo tempo que as limitações à comercialização de diamantes russos nos países ocidentais (são os maiores produtores mundiais) tem levado a alterações significativas no comércio deste produto.
A delegação angolana a este evento é chefiada pelo coordenador executivo da Comissão Nacional do Processo Kimberley (CNPK), Estanislau Buio, e vai propôr uma ampla campanha de marketing a nível mundial, que permita aos compradores comparar as diferenças do ponto de vista qualitativo entre diamantes naturais e sintéticos, de forma que entendam que não é a mesma coisa.
De acordo com a CNPK, a Reunião Plenária "vai culminar com várias deliberações de carácter administrativo, no quadro do Comité Ad-Hoc da Revisão e Reforma em curso, das quais se espera um papel mais actuante do país, em função do relevante papel que tem desempenhado em prol da defesa dos interesses dos países produtores".
A agenda de trabalhos vai ser dominada pela avaliação das propostas projectadas pelos subgrupos durante a Reunião do Comité Ad-hoc da organização, que aconteceu em Luanda no mês de Outubro, e que contou com a presença do presidente executivo do Processo Kimberley, Ahmed Bin Sulayem.
Consta ainda da agenda a discussão e avaliação dos relatórios dos Grupos de Trabalho de Monitorização, dirigido pela África do Sul, grupo de Trabalho de Estatísticas, sob liderança dos Estados Unidos da América (EUA), grupo de Trabalho de Peritos em Diamantes, orientado pelo Conselho Mundial de Diamantes, assim como do grupo de Trabalho de Exploração Aluvial Artesanal, cuja direcção está a cargo da República Democrática do Congo.
A avaliação dos relatórios do Comité de Regras e Procedimentos, encabeçada pela Rússia, e do Comité de Presidência e Participação dirigida pela República de Zimbabwe, são outros pontos de destaque no reunião que junta os principais "players" da indústria diamantífera.