Produção de petróleo cai 7,2% em Setembro
A produção petrolífera nacional atingiu o pico em 2008, com cerca de 2 milhões de barris de petróleo por dia. Nesta altura o País produz um pouco mais de 1 milhão de barris de petróleo e tenta a todo o custo impulsionar a produção com novos investimentos. Em Setembro voltou a cair 7,2% ao mês anterior
A produção de petróleo do País em Setembro foi de 33,5 milhões de barris, correspondendo a média diária de 1,1 milhões de barris de petróleo, registando uma queda de 7,2% em relação à ao mês anterior, no qual foram produzidos 36,1 milhões de barris, segundo contas do Expansão com base nos números da produção petrolífera da ANPG
Já a produção de gás associado, durante o mesmo período, foi de 68,059 milhões de pés cúbicos, o que corresponde a uma média diária de 2,269 milhões de pés cúbicos, dos quais 1,042 milhões foram reinjectados para a manutenção da pressão dos reservatórios, 745 pés de pé cúbico foram disponibilizados a fábrica ALNG e 283 utilizados para a geração de energia nas instalações petrolíferas.
O País procura aumentar a sua produção petrolífera, atraindo novos investimentos por meio do lançamento de novas rodadas de licitações de blocos petrolíferos a partir de 2025, com vista a inverter a tendência de queda da produção, que acentuou nos últimos 10 anos com Angola a perder cerca de 50% da sua capacidade de produção.
A estratégia de exploração 2019-2025 prevê a licitação de 50 blocos petrolíferos onshore e offshore, bem como a avaliação de diferentes bacias sedimentares do País, e já foram concessionados por meio de licitações, adjudicação directa e em regime de oferta permanente, 32 desses blocos inscritos no plano.
A participação de Angola, por meio da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), na conferência Africa Energy Week (AEW), que decorreu recentemente na cidade de Cape Town, África do Sul, serviu para País "vender" as potencialidades e mostrar novas oportunidades de negócio no ramo de petróleo e gás a investidores.
A produção petrolífera nacional atingiu o pico em 2008, com cerca de 2 milhões de barris de petróleo por dia. Angola perdeu capacidade de produção em cerca de 50% nos últimos 10 anos, ou seja, a produção diminuiu nos últimos anos, fixando-se em 1,1 milhões de barris dia em 2024, devido ao desinvestimento em recursos offshore, altos custos de produção e excessiva burocracia, o que levou muitas empresas a ignorar o segundo maior produtor de petróleo africano.
O país pretende aumentar sua produção actual de petróleo, sendo esta uma das principais razões pelas quais Angola saiu da OPEP em Janeiro de 2024, após desentendimento com os membros da OPEP e da OPEP+ sobre as quotas de produção.