Carrinho e Keve têm 10 dias para apresentar os papéis
AUTORIDADE REGULADORA DA CONCORRÊNCIA EXIGE DOCUMENTAÇÃO
A Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC) deu um prazo máximo de 10 dias, desde o dia 29 de Maio, para a empresa Carrinho Empreendimentos e para o Banco Keve submeterem documentação à instituição, que inclui os actos de concentração de empresas com a quota de mercado, volume de negócios ou facturação anual, para avaliar a operação de compra de até 80% das acções do banco pela Carrinho. Os requisitos constam da Lei n.º 5/18, de 10 de Maio, Lei da Concorrência.
Segundo um comunicado consultado pelo Expansão, a Autoridade Reguladora da Concorrência recebeu, no dia 23 de Maio de 2024, a comunicação de um projecto de concentração de empresas, através do qual a sociedade Carrinho pretende adquirir entre 65% a 80% do capital social do Banco Keve. Normalmente, quando a documentação chega à ARC significa que a operação já tem luz verde do regulador do sector, neste caso, o Banco Nacional de Angola (BNA).
"A Carrinho é dona de um banco, o BCI, e, da forma como foi capitalizado o Banco Keve, existe a possibilidade de o grupo Carrinho tornar-se accionista directo desta instituição", disse Pedro Castro e Silva, vice-governador do BNA, durante a última reunião do Comité de Política Monetária, realizada no dia 17 de Maio .
A Carrinho Empreendimentos, que detém 100% do Banco de Comércio e Indústria Angola (BCI), adquiriu o banco por 16,5 mil milhões Kz, através de um leilão em bolsa, no âmbito do Programa de Privatizações dos Activos do Estado (Propriv).
O Keve, que agora vai também passar para a Carrinho, tem, neste momento, um activo avaliado à volta de 1,02 biliões Kz e 85,4 mil milhões Kz de capitais próprios. Segundo o site da instituição, o banco tem como principal accionista a Spot Investimentos (37,41%), seguida de Rui Cambos (30,43%) e Vasco Campos (8,83%). Os restantes 23,33% são identificados como outros.
