Segundo o CEO da Refriango, Diogo Caldas, a produtora de bebidas está a olhar para os mercados mais próximos para decidir o que exportar, quer as marcas próprias, quer os produtos dos parceiros, tendo revelado a ambição de "exportar já a curto espaço, talvez já no próximo ano, para a República Democrática do Congo, Moçambique e São Tomé e Príncipe".

Quanto à parceria estratégica hoje anunciada com a Coca-Cola, o director-executivo salienta a importância da mesma, que permitirá à empresa preencher a sua capacidade instalada, com 27 linhas de enchimento e uma capacidade de 2,5 mil milhões de litros, que correspondem às necessidades do mercado interno e de exportações.

De acordo com o responsável da Refriango, este tipo de parcerias pode contribuir "para atrair parceiros e investidores para Angola, e sermos de certa forma uma ajuda para atrair parceiros, capital de investimento para este país", disse à Lusa Diogo Caldas.

A parceria com a Coca-Cola fica operacional já este mês de Julho, com a produção e distribuição dos sumos Minute Maid, em três sabores.

Na sessão deste sábado de apresentação da nova bebida que vai chegar a Angola através da Refriango, Diogo Caldas referiu-se à conjuntura económica, provocada pela pandemia da Covid-19, tendo admitido que com a quebra de facturação houve necessidade de ajustamentos a nível de recursos humanos, na ordem dos 1.000 postos de trabalho, mas que as novas parcerias e a conquista de outros mercados "podem obrigar-nos a trazer as pessoas e contratar novas, e o que nós queremos é recuperar as pessoas que perdemos", acrescentou.

A Refriango, que detém uma das maiores unidades industriais do continente africano, com 42 hectares, 28 linhas de enchimento e uma capacidade de produção de mais de 2.300 milhões de litros por ano, produz e distribui mais de uma dezena de marcas próprias de refrigerantes, sumos, águas, bebidas energéticas e alcoólicas.