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Dois consórcios na corrida pela gestão do novo aeroporto internacional de Luanda

VENCEDOR DEVERÁ SER CONHECIDO EM OUTUBRO

O contrato de gestão é para 25 anos, com a possibilidade de extensão por mais 15. Um dos consórcios é de duas empresas estatais chinesas, o outro, junta um operador argentino, uma empresa portuguesa e outra angolana.

Apesar de ter havido vários operadores interessados em saber das condições que o Estado angolano exigia e dava para o contrato de gestão do novo aeroporto internacional de Luanda, apenas duas propostas foram concretizadas e estão em apreciação no seguimento do concurso público internacional. As grandes companhias europeias e àrabes de gestão de aeroportos que se foram falando ao longo deste processo, não concretizaram o seu interesse.

Uma das propostas é do consórcio que junta a Corporacion América Airports, a MotaEngil Engenharia e Construção, e a BestFly. Na abertura das propostas foi explicado que a Corporation América Airports é uma empresa especializada na gestão aeroportuária, operando 52 aeroportos em 6 países da América Latina e da Europa (Argentina, Brasil, Uruguai, Equador, Arménia e Itália), sendo ainda a 10ª maior operadora aeroportuária do sector privado do mundo, com base no tráfego de passageiros do ano de 2019. De acordo com os dados estatísticos reportados em 2023, os aeroportos operados por esta entidade serviram 81,1 milhões de passageiros.

Por sua vez, a Mota-Engil é uma empresa portuguesa especializada no sector da construção e gestão de infraestruturas, com um percurso de mais de 70 anos, líder em Portugal com uma posição consolidada entre as 30 maiores empresas de construção europeias. Com participações em mais de 200 empresas, a Mota- -Engil está presente em cerca de 30 países e em três continentes, Europa, África e América Latina.

Já a BestFly Angola é uma empresa angolana de aviação, fundada em 2009 e constituída por profissionais qualificados e experientes em aviação executiva no País.

A segunda proposta foi apresentada pelo consórcio China National AeroTechnology International Engineering Corporation (AVIC) e Yunnan Airport Group. A primeira empresa trata- -se de uma empresa estatal chinesa, afiliada à Aviation Industry Corporation of China, Ltd, e é um conglomerado aeroespacial, de defesa, engenharia e construção de infraestruturas. Conhece bem o novo aeroporto pois foi a empresa responsável pela construção da II fase e finalização das obras da infraestrutura.

Já a Yunnan Airport Group é uma empresa estatal e com algum significado em termos de gestão aeroportuária na China, operando em vários aeroportos na província de Yunnan. A empresa tem actualmente sob sua gestão 15 aeroportos, garantindo um total de 502 mil voos, movimentando 63,9 milhões de passageiros e mais de 400 mil toneladas de carga.

As propostas serão agora submetidas a um processo detalhado de avaliação, seguindo-se a fase de negociação, tendo em vista a melhoria das propostas admitidas. Somente após a conclusão dessas etapas será tomada a decisão final de adjudicação. Isto deverá acontecer entre finais de Setembro e a primeira quinzena de Outubro.

Entretanto, continuam a ser realizados no novo aeroporto internacional de Luanda os simulacros para garantir operacionalidade dos diversos serviços e infraestruturas, tendo como objectivo a transferência de todos voos nacionais e internacionais a 13 de Outubro. Estão também a ser melhorados os acessos rodoviários e ferroviários, de acordo com o plano apresentado depois da recente visita do Presidente da República.

De acordo com o que o Expansão apurou, a data de transferência mantém-se, embora seja importante acrescentar que vai depender do resultado destes simulacros.

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