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Exxon Mobil faz descoberta no Bloco 15 para atenuar declínio da produção

Declínio da produção de petróleo

De acordo com especialistas, o Bloco 15 já produziu quase 600.000 barris de petróleo por dia e a sua produção caiu para menos de metade, produzindo hoje pouco mais de 270.000 barris de petróleo/dia. Descoberta actual vai atenuar o declínio da produção no terceiro principal bloco do país.

A Exxon Mobil e a Agência Nacional de Petróleo e Gás e Biocombustíveis (ANPG) anunciaram no início da semana uma nova descoberta de petróleo no Bloco 15, o terceiro principal bloco a produzir e a exportar petróleo de Angola. A descoberta foi feita no poço de exploração Bavuca Sul-1, que faz parte do projecto de redesenvolvimento do Bloco 15. Na qualidade de operadora este bloco, a ExxonMobil está a implementar novas tecnologias e um programa de perfuração plurianual, prevendo produzir cerca de 40.000 barris de petróleo por dia, numa data não especificada, que irão contribuir para compensar os declínios naturais de produção.

Para o CEO da PetroAngola, Patrício Quingongo, não é possível ainda determinar o prazo em que aos pouco mais de 270 mil barris de petróleo por dia produzidos actualmente no bloco explorado pelos americanos da Exxon Mobil serão adicionados estes prováveis 40.000 barris. Para Quingongo, o declínio no Bloco 15 é acentuado e por isso não se sabe qual será a produção total no referido bloco quando se começarem a produzir os barris agora descobertos. Mas confirma que servirá para atenuar a queda da produção. "A descoberta que foi feita ainda não é definitiva, vai agora passar a fase de avaliação que vai permitir determinar se a produção destes barris é comercialmente viável", explicou.

Anteriormente foram feitas 17 descobertas no Bloco 15, nomeadamente Hungo, Kissanje, Marimba e Dikanza em 1998; Chocalho e Xikomba em 1999; Mondo, Saxi e Batuque em 2000; Mbulumbumba, Vicango e Mavacola em 2001; Reco-Reco em 2002; e Clochas, Kakocha, Tchihumba e Bavuca em 2003.

Paulino Jerónimo, presidente do Conselho de Administração da ANPG, regozija-se com esta descoberta e com o seu significado. "Angola continua, de facto, a ter potencial petrolífero e a ANPG e os seus parceiros tudo continuarão a fazer para que este seja um sector produtivo e rentável", sublinha.

"A ExxonMobil está a optimizar este recurso e a criar valor para o povo angolano, para o Governo de Angola, para os nossos parceiros e para os nossos accionistas", enfatiza Liam Mallon, presidente da ExxonMobil Upstream Company. O mesmo responsável lembra que "a estratégia de desenvolvimento da ExxonMobil continua a produzir resultados positivos, fornecendo energia a preços acessíveis para satisfazer a crescente procura mundial de energia", ao mesmo tempo que reduziu as suas emissões. Em Angola, desde 2016, já reduziram as emissões de gases com efeito estufa até 74%, revelou.

A Esso Exploration Angola (Block 15) Limited, filial da ExxonMobil, é a operadora do Bloco 15 com uma participação de 36%. A BP Exploration (Angola) Limited detém 24%, a ENI Angola Exploration B.V. detém 18%, a Equinor Angola Block 15 A.S. detém 12% e a Sonangol P&P detém 10%.