Não se trata de uma compra, mas de uma operação de leasing. Ou seja, um aluguer cujo prazo não foi especificado, mas que nestes casos ronda normalmente entre os sete e os dez anos, sendo que durante este período, a TAAG pagará uma renda mensal à ALC. Estes contratos definem também um valor residual para os aviões, sendo que findo o prazo, a TAAG tem opção de os comprar por esse valor. O que não é espectável que venha a acontecer, porque nessa altura a evolução técnica e tecnológica permitirá que existam melhores opções para aplicação dessa verba.

Em termos práticos não existe transferência da propriedade, os aviões continuam a ser da ALC. Acrescentar que a empresa tem contratos de leasing em 100 países, e que esta fórmula é hoje muito utilizada no sector dos transportes, porque permite aos clientes a utilização dos meios com um investimento mais baixo, mantendo a actualização tecnológica dos seus equipamentos.

Trata-se no entanto de uma operação importante para o reforço da frota da companhia de bandeira, que terá assim maior mobilidade para aumentar as suas rotas e frequências. Este acordo entre a TAAG e a ALC foi firmado no decorrer do Farnborough International Airshow 2022, um dos maiores eventos no mundo relacionado com a aviação, numa cerimónia simbólica facilitada pela Airbus, no seu stand de exposição.

Realçar que este compromisso resulta de uma negociação directa, liderada pela nova administração da TAAG, um sinal da credibilidade internacional da companhia junto de stakeholders de primeira linha como a Airbus (a maior construtora da Europa) e a Air Lease Corporation uma entidade com sede nos EUA especializada em leasing de aviões com mais de 100 clientes distribuídos por mais de 60 países no mundo.