TAAG supera BPC na lista das reclamações registadas pelo INADEC
O INADEC registou nos primeiros três meses 659 reclamações, das quais resolveu 303, que resultaram na devolução aos clientes de cerca de 15,6 milhões Kz. A TAAG lidera o ranking com 24 queixas, ultrapassando o BPC que registou apenas 20.
Os clientes da Companhia Aérea Nacional (TAAG) foram os que mais reclamações apresentaram junto do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC) durante o primeiro trimestre deste ano, superando assim o Banco de Poupança e Credito que liderou as reclamações registadas por este organismo durante os últimos dois anos.
À semelhança de praticamente todas as companhias aéreas em todo o mundo, a companhia de bandeira nacional foi fortemente afectada pelas restrições na circulação de pessoas imposta pelas medidas de combate à pandemia da Covid-19. Em 2020, ano em que a empresa ficou impossibilitada de efectuar voos comerciais, por vários meses, transportou apenas 370.407 mil passageiros, menos 1.119.870 que o total de passageiros transportados em 2019.
A liderança no ranking, com um número de 24 reclamações só nos últimos três meses, deve-se ao facto de a empresa não estar a reembolsar os inúmeros passageiros que tiveram os seus voos cancelados, apurou o Expansão. As queixas intensificaram-se em 2021 e continuam a aumentar apesar da empresa já ter disponibilizado mais de 118,5 milhões Kz para reembolsar alguns passageiros entre Março e Agosto de 2020. De lá para cá pouco ou nada se sabe a respeito dos valores que ainda não foram devolvidos.
A seguir, na lista das mais reclamadas, surge a empresa que liderou o ranking por dois anos, o Banco de Poupança e Crédito (BPC),com 20 reclamações. As reclamações contra o BPC estão ligadas aos serviços de conta corrente à ordem, morosidade nos movimentos em caixas automáticas (multicaixas), terminais automáticos (TPA) e transferências. Depois do BPC segue-se a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE), que liderou a lista das mais reclamadas em 2019, recebeu neste trimestre 18 reclamações na maior parte das vezes referente ao corte de energia sem aviso prévio e a alegados "casos de corrupção" por parte de técnicos da empresa.
A Empresa Pública de Água de Luanda (EPAL) aparece na quarta posição da lista das mais reclamadas com 12 queixas. No total, o INADEC recebeu 659 reclamações, 75 das quais pertencentes às empresas acima citadas, e as restantes para outras empresas públicas e privadas que receberam em média 3 a 4 reclamações cada. Segundo Wassamba Neto, director geral do INADEC das 659 reclamações recebidas 303 foram resolvidas, cerca de 46%.