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Inclusão digital: Ferramenta de igualdade e progresso

EM ANÁLISE

A aposta estratégica na digitalização poderá funcionar como um motor de prosperidade económica e de coesão social. No entanto, o seu sucesso dependerá da coordenação efectiva entre os sectores público e privado, do reforço das infra-estruturas, da acessibilidade tecnológica e, sobretudo, do investimento contínuo na qualificação digital dos cidadãos.

Com a crescente interdependência global, a inclusão digital tornou-se uma premissa indispensável para o progresso das sociedades, na medida em que permite uma participação mais equitativa na economia, na educação, na cidadania e na inovação.

Pode afirmar-se que a inclusão digital actua como facilitadora do acesso aos serviços financeiros e constitui o alicerce da economia digital. Se, por um lado, a inclusão digital consiste em garantir o acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), bem como às competências necessárias para a sua utilização plena e consciente, por outro lado, a economia digital assenta precisamente na utilização intensiva dessas tecnologias para gerar valor económico - através de novos modelos de negócio, que, por sua vez, assenta em plataformas digitais, comércio electrónico, inovação tecnológica, novos serviços e novas profissões.

A pergunta que se coloca é: De que forma pode a inclusão digital promover a prosperidade económica de Angola?

O Banco Mundial, através do relatório Angola - Digital Economy Diagnostic, publicado em 2023, apresenta o posicionamento de Angola relativamente aos pilares estratégicos necessários para a construção de uma economia digital robusta:

01. Infra-estrutura digital

A cobertura, velocidade e fiabilidade das redes de banda larga - fixa ou móvel - determinam o grau de acesso da população aos serviços digitais. Embora a infra-estrutura de rede de telecomunicações de Angola seja desenvolvida em termos de conectividade internacional, a análise dos preços de mercado revelou que Angola apresenta preços mais elevados no acesso à banda larga mó vel, oferecendo menos valor em comparação com outros países da África Austral, esta constatação é amplificada se considerarmos o custo de vida local e o nível de cobertura territorial.

02. Plataformas digitais

O desenvolvimento de um mercado robusto para o comércio digital, conteúdo digital e plataformas que suportem a prestação de serviços públicos é essencial para garantir serviços mais ágeis, eficientes e centrados no cidadão. Neste domínio, Angola regista posições pouco favoráveis nos rankings internacionais: 156.º lugar entre 193 países no Índice de Desenvolvimento de Governo Electrónico (2022), 123.º entre 152 países no Índice de Comércio Electrónico (2019), e 132.º (última posição) no Índice Global de Inovação (2023).

Estes dados demonstram a necessidade de reforçar as plataformas digitais públicas, plataformas digitais privadas e o empreendedorismo digital.

Leia o artigo integral na edição 828 do Expansão, de Sexta-feira, dia 30 de Maio de 2025, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

*Ana Bungo, Manager da KPMG Angola

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