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África

Carlos Vila Nova é o novo Presidente de São Tomé e Príncipe

Candidato da ADI venceu a segunda volta das presidenciais com 57% dos votos

Carlos Vila Nova, egenheiro, 65 anos, e de acordo com os dados provisórios da Comissão Nacional Eleitoral de São Tomé e Príncipe, é o novo Presidente do arquipélago, com 57% do votos depositados em urna, o seu oponente, Guilherme Posser da Costa, recolheu 42% da votação. Vila Nova afirmou que a sua primeira tarefa é a pacificação da sociedade são-tomense. A posse está marcada para 29 de Setembro.

O vencedor da segunda volta das eleições Presidenciais em São Tomé e Príncipe - e ainda de acordo com os dados provisórios - é Carlos Vila Nova, o candidato da Acção Democrática Independente (ADI), o partido da oposição, que obteve 45 481 votos, correspondentes a 57,54%.

Guilherme Posser da Costa, candidato oficial do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD) o partido no poder, recolheu 33 557 votos, o que corresponde a 42% dos votos dos eleitores.

O candidato mais votada, nas primeiras declarações à imprensa, afirmou que a sua primeira tarefa é "a pacificação da sociedade são-tomense".

"Não é segredo para ninguém, temos vivido, lamentavelmente, uma política de ódio, de perseguição, de separação e de exclusão", e "esses males são os meus inimigos".

Carlos Vila Nova, a confirmar-se a sua vitória, será o 5.º presidente de São Tomé e Príncipe em 30 anos de democracia.

A cerimónia de posse está marcada para o dia 29 de Setembro.

Evaristo de Carvalho, que em breve completa 80 anos, não quis candidatar-se a um segundo mandato.

A segunda volta das eleições presidenciais aconteceu mais de um mês depois da data prevista devido a um impasse no Tribunal Constitucional. O terceiro classificado, Delfim Neves, que é também presidente da Assembleia Nacional (não abdicou durante a corrida) e parceiro do MLSTP na chamada "nova maioria", que suporta no Parlamento o Governo de Jorge Bom Jesus, pediu recontagem de votos, alegando "fraude em massa".

E Tribunal Constitucional partiu-se em dois na resolução do diferendo. O presidente, Pascoal Daio, e o juiz Hilário Garrido produziram o acórdão 9, ordenando a recontagem, perante críticas da oposição, que alertou para as ligações destes juízes a Delfim Neves. Daio foi mesmo o advogado e mandatário de Neves na campanha presidencial de 2011, enquanto Garrido é seu cunhado. Os três restantes juízes do TC redigiram um acórdão com o mesmo número 9, mas em sentido inverso, e pediram a intervenção do Presidente da República para "repor a credibilidade" do TC.

Em 2 de Agosto, houve novo acórdão, determinando a não recontagem dos votos e anulando as duas decisões anteriores. No dia seguinte, Evaristo Carvalho desabafou: "O país está à beira do precipício."