Cristina Duarte, que falava aos jornalistas à margem do encontro de socialização do programa "Country Strategy Paper 2014-18" para a construção de infraestruturas e a implementação de parcerias público-privadas, adiantou que a decisão final será tomada em breve pelo conselho de administração do BAD.

Citada pela Rádio de Cabo Verde (RCV), Cristina Duarte referiu que o documento "espelha a complementaridade com a estratégia de médio prazo de crescimento e redução da pobreza" em Cabo Verde entre 2012 e 2017.

"É a consolidação do programa de infraestruturação. Ainda temos algumas infraestruturas para construir, como o porto do Maio e a requalificação do Porto de São Nicolau, para terminar a rede portuária do país", explicou, acrescentando que as infraestruturas terão de ser geridas por instituições "muito mais eficientes".

Por outro lado, sublinhou o apoio do BAD vai ajudar Cabo Verde no pilar, "mais de natureza institucional", a nível da governação.

Segundo a ministra cabo-verdiana, o documento do BAD visa inovar a eficiência organizativa, reconfigurando os modelos de gestão das infraestruturas, daí que parte do pacote se destine a apoiar o país na implementação de parcerias público-privadas para portos, água e, até ao final da legislatura (2016), de, pelo menos, um aeroporto.

A vantagem, concluiu, passa por os parceiros interessados em gestão aeroportuária trazerem mercado e fluxos financeiros necessários à rentabilização das infraestruturas aeroportuárias nacionais.

Cabo Verde tem em curso a modernização de todos os portos das nove ilhas do arquipélago, bem como a dos quatro aeroportos internacionais (Cidade da Praia, Sal, São Vicente e Boavista) e aeródromos (São Nicolau, Maio e Fogo), estando em estudo a construção de novas infraestruturas aeroportuárias nas ilhas de Santo Antão e Brava.

Lusa / Expansão