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Universidade

INAAREES avalia a qualidade de 138 cursos de Ciências da Educação

3ª FASE DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO EXTERNA E ACREDITAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

Esse processo de avaliação externa de cursos de ciências da educação vai contar com a participação de 325 especialistas nacionais e internacionais. Vão ser avaliados cursos de 35 instituições. Académico prevê que a infra-estrutura será o indicador que vai comprometer muitas universidades.

Terminado o processo de avaliação dos cursos de saúde, o Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior, abreviadamente (INAAREES), vai avaliar até ao dia 31 de Outubro os cursos de Ciências da Educação leccionados em 35 instituições públicas e privadas do País.

"Decorrerá de 28 a 31 de outubro do ano em curso a 3ª fase do processo de Avaliação Externa e Acreditação do Ensino Superior, o qual recai, desta vez, na avaliação dos cursos de ciências da educação ministrados no subsistema de ensino superior", anunciou Jesus Tomé, director do INAAREES.

O responsável justificou que este processo vai durar apenas quatro dias, porque a avaliação com a auto avaliação é feita pelas próprias IES. E esses dias de avaliação externa servem para recolher as evidências dos dados fornecidos através dos indicadores e padrões de qualidade vigentes no País. Serão avaliados 138 cursos leccionados em 35 instituições de ensino público e privado do País, sendo que nove estão localizadas em Luanda e 26 noutras províncias do País.

Esse processo de avaliação externa de cursos de ciências da educação contou com a participação de 325 especialistas nacionais e internacionais, sendo 260 avaliadores externos e 65 gestores de procedimentos.

A maioria dos especialistas é de nacionalidade angolana e os restantes são provenientes do Brasil, Cabo Verde, Cuba, Moçambique, RDC, Zimbabwe, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste

Os cursos de ciências da educação são as potenciais áreas de formação de professores e capacitar estes profissionais para questões ligadas ao processo de ensino e aprendizagem. E, no País, os institutos superiores de ciências da educação e as escolas superiores pedagógicas localizadas em várias províncias serão os pontos de partida dos avaliadores, pois há universidades privadas que também formam professores.

No entanto, Eugénio da Silva admitiu que "o ensino superior enfrenta vários desafios, com destaque para as políticas de capacitação inicial e contínua dos professores e o apoio social aos alunos para que consigam concluir a formação com êxito e as estratégias de avaliação da qualidade, mas este último está a ganhar uma nova dinâmica com os processos de avaliação externa e acreditação de cursos".

Alcides Simbo, vice-reitor para a Área Científica e Pós- -Graduação da Universidade 11 de Novembro, na província de Cabinda, entende que a avaliação deve ser feita porque vai contribuir para a renovação de mentalidades e mudar determinadas posições de gestores.

O académico prevê menos cursos não acreditados porque não há a necessidade de criação de laboratórios, e as instituições de formação de professores são os que têm maior número de docentes com formação diferenciada (como mestres e doutores) e são as instituições que produzem mais ciência.

Entretanto, o maior problema pode estar associado às infra-estruturas, porque muitas instituições estão em instalações emprestadas. O outro indicador que poderá deixar mal estas instituições está relacionado com a extensão universitária, porque interpreta-se mal o conceito de extensão universitária.

"A extensão universitária é a combinação de esforço entre a sociedade e o ensino superior para a resolução dos problemas que afectam a sociedade. No entanto, a universidade não pode chegar e dizer que vai resolver x ou y problema, mas antes deve haver conversas com o outro lado para saber o que será feito, como e quando será feito e isso dificilmente acontece, porque não há diálogo entre a sociedade e o ensino superior".

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