O Ministério das Finanças aprovou uma garantia soberana, no valor de 7,5 mil milhões Kz, para cobrir o risco de crédito das linhas de financiamento para operacionalizar a campanha do café do Programa de Crédito Agrícola de Campanha 2024-2025.

A finalidade da emissão desta garantia do Estado visa operações de crédito de produtores agrícolas comerciais de média e pequena dimensão para a campanha do café.

A concessão da garantia soberana visa a cobertura de 75% do risco de crédito da linha de financiamento a ser contratada junto do Banco de Fomento Angola (BFA), para operacionalizar o Programa de Crédito Agrícola de Campanha 2024-2025, através da emissão de Obrigações do Tesouro Não Reajustáveis com maturidade de 10 anos.

Segundo o Ministério das Finanças, a aprovação da garantia soberana justifica-se pela necessidade de mobilização de fundos para o incentivo à agricultura comercial em larga escala e o incremento progressivo de uma produção orientada para o mercado que permita alcançar os objectivos de substituição das importações e a segurança alimentar.

Esta é a segunda a vez que o Governo aprova uma garantia soberana para dinamizar a produção do café no País, depois de no ano passado ter autorizado a primeira, no mesmo montante, também para cobrir 75% do risco de crédito da linha de financiamento a ser contratada junto do BFA, para a campanha agrícola 2023-2024.

Actualmente, a produção do "bago vermelho" equivale apenas a 3% da produção registada no período colonial. Em 1973, ano em que o País teve a última grande safra antes da independência nacional, o volume colhido foi de 240 mil toneladas de café, plantado numa área de produção de 500.000 hectares.

Décadas depois, regressar aos tempos áureos da produção e exportação de café é uma tarefa que tarda em acontecer. Apesar de um ligeiro aumento nos últimos anos na produção e na exportação, os valores da produção ainda estão longe de recuperar a relevância que já teve na economia nacional.