A dívida pública angolana, interna e externa, encolheu 6% entre Dezembro de 2023 e Setembro deste ano, ao passar de 66,4 mil milhões USD para 62,6 mil milhões, ou seja caiu 3,8 mil milhões USD em apenas 9 meses, de acordo com cálculos do Expansão com base nos relatórios de execução orçamental publicados pelo Ministério das Finanças.

O stock da carteira de dívida angolana no final do III trimestre era composto por 47,9 mil milhões USD em dívida externa, bem como por 14,7 mil milhões USD em dívida interna. E se a descida da dívida externa em 2,2 mil milhões USD é de assinalar, por outro lado a queda da interna deve-se, essencialmente, à desvalorização do kwanza face à moeda norte-americana. Isto porque, no final de 2023, equivalia a 13,5 biliões Kz, enquanto em Setembro equivalia a quase 13,9 biliões Kz.

No final de 2023, cada dólar valia 828,8 Kz, enquanto em Setembro valia 940,1 Kz, o que representa uma depreciação de quase 12% do kwanza. Contas feitas, convertidos esses valores em dólares a essas taxas médias de câmbio do BNA, dá essa queda de 1,5 mil milhões USD, embora em kwanzas até tenha subido.

A dívida pública está dividida em dívida externa e dívida interna, esta última é sobretudo a bancos comerciais investidores em títulos públicos. Já a externa está catalogada em cinco áreas: dívida comercial (a bancos estrangeiros), multilateral (a instituições internacionais, como o FMI e o Banco Mundial), bilateral (Estado a Estado), fornecedores e os subscritores dos eurobonds. A comercial é aquela que representa a maior fatia do bolo, já que 40% da dívida externa angolana é...

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