Falando à imprensa no termo da sua visita de 72 horas à província, o governante citou o exemplo das lavras familiares que estão a ser criadas na localidade do Cavelocamue, município do Virei, como um exemplo a ser seguido para a prática da agricultura familiar nas comunidades.

"Registamos uma iniciativa pioneira, onde a população, tradicionalmente nómada, fixou-se onde foi possível construir infra-estruturas como escolas, postos médicos e todos estão empenhados no cultivo de milho, batata-doce e rena, cebola, couve, tomate e feijão", disse, ao salientar que vai incentivar outras províncias da região sul do país.

O governante ressaltou também a prática da actividade agrícola na comuna da Lucira, adjacente ao município sede da província, concretamente em zonas baixas dos vales do Bentiaba, Namangando e de Carojamba.

O ministro da Administração do Território considerou a seca um fenómeno cíclico que vai mobilizar todas as forças vivas na tomada de medidas estruturantes e aconselhou a criação de chimpacas, represas, que retenham água no período chuvoso para depois libertá-la no tempo seco.

Pediu à população que aumente também o número de furos de água e crie condições para o abeberamento do gado.

Em Dezembro, de acordo com o governante, será realizada, na província do Lubango, uma reunião de balanço com os grupos técnicos provinciais, onde será analisado tudo o que foi feito a favor das comunidades afectadas pela seca e traçar as prioridades para os próximos tempos.

Bornito de Sousa disse que a sua visita ao Namibe está enquadrada no trabalho que está a ser desenvolvido pela comissão interministerial, coordenado pelo ministro do Planeamento e do Desenvolvimento Territorial, acompanhado pelo titular do poder Executivo, para acompanhar de perto a estiagem, em particular, nas províncias do sul de Angola.

Durante três dias, o ministro inteirou-se das dificuldades da população afectada pela seca, nos municípios do Virei, Bibala e Kamucuio, estimada em 200 mil cidadãos em toda a província do Namibe.