Emanha investe mais de 20 milhões de dólares na exploração de granitos
A empresa de exploração e de produção de pedras ornamentais (granitos) Emanha investiu, nos últimos anos, mais de 20 milhões de dólares (cerca de 188 milhões de kwanzas) no reequipamento das suas fábricas, pedreiras e reabilitação de infra-estruturas nas províncias da Huíla, Namibe e Benguela.
Ao falar à Angop, a propósito do papel das empresas de exploração mineira na diversificação da economia angolana, o director-geral, Henrique Carriço, disse que a Emanha fez este investimento nos últimos 13 anos com vista a alargar a capacidade de responder a procura dos produtos da sua empresa.
Henrique Carriço afirmou que actualmente a empresa possui três pedreiras, localizadas na Huíla, Namibe e Benguela, com uma produção anual de 100 mil metros cúbicos de granitos que alimentam fábricas próprias, cujo produto acabado é comercializado no mercado nacional.
O responsável afirmou que a Emanha está a trabalhar rochas ornamentais nas espécies Negro Angola, Cinza Caraculo, Rosa Lucira e Rosa e pensa-se introduzir no mercado a Rosa Huíla, sendo que o mesmo é relativamente novo e é explorado na comuna da Huíla, município do Lubango.
Disse que em Benguela a pedreira está a produzir calcário e no Namibe o Mármore branco, onde a empresa compra o bloco para que posteriormente seja transformado pela fábrica do Lubango.
Sobre o processo de comercialização dos produtos, Henrique Carriço disse que inicialmente o mercado era o europeu e asiático, mas devido à crise e à baixa dos preços, viu-se que não é viável exportar para estas regiões.
A fonte esclareceu que actualmente a empresa apostou no mercado nacional, pois o produto é transformado localmente e não faz sentido que o mesmo seja vendido em outras praças, uma vez que Angola está numa fase de reconstrução nacional.
Não tem lógica estar a vender para o exterior, quando o mercado nacional precisa de pedras e é nesta perspectiva que adoptamos esta estratégia para que a população possa usufruir do que é nosso, realçou.
A fonte justificou que o mercado chinês não era viável, uma vez que a compra era mais barata em relação os gastos feitos pelas empresas angolanas para colocar o a pedra no mercado internacional, mesmo sabendo que a qualidade é muito superior em relação a dos chineses.
A Emanha começou a exploração e transformação de granitos em 2002, na província da Huíla.
Angop/Expansão