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Angola

Kwanza, a circular no país há 37 anos

Moeda

A moeda nacional, o kwanza, faz hoje anos. Passaram 37 anos desde que o Banco Nacional de Angola (BNA), autoridade cambial do país, procedeu à troca da moeda que substituiu o escudo português.

 

Em cumprimento do disposto nos artigos 8.º e 30.º da antiga Lei Constitucional, foi criado o kwanza, em substituição da então moeda colonial, como meio de pagamento no território nacional.

Numa altura em que a circulação de pessoas e bens no país era relativamente pacífica, a operação da troca foi realizada em oito dias, o que na época foi considerado um recorde.

O kwanza teve como a mais pequena unidade o Lwei, em moeda metálica, o equivalente a 50 cêntimos e 1.000 kwanzas como maior valor facial da nota.

A moeda teve uma cotação fixa de 33 kwanzas por um dólar norte-americano, mas as distorções económicas que surgiram ao longo dos anos, permitiram uma inflação que deu origem a programas económico-financeiros, que, entre outras consequências, levaram com que a moeda sofresse ou alterasse a denominação.

Foi assim que em 1990 entrou em circulação o Novo Kwanza (NKz), em substituição do kwanza e, em 1995, a mesma razão leva a criação do kwanza reajustado (Kzr). Ambas as moedas atingiram valores faciais tão altos como a nota de cinco mil.

O BNA viu-se forçado, em Dezembro de 1999, a pôr fim ao kwanza reajustado voltando a emitir o Kwanza.

Contrariamente as três anteriores emissões, a actual surgiu numa altura em que as medidas económicas implementadas não incluíam a fixação da cotação cambial.

A 18 de Fevereiro de 2013, arranca o processo de actualização da moeda angolana, com o lançamento das moedas metálicas de 50 cêntimos, um, cinco e 10 kwanzas.

Em Março de 2013, o BNA lançou as notas de 50, 100, 200, 500, 1.000, 2.000. Em Maio, foram lançadas as notas de 5.000 e 10.000 kwanzas.

Estas notas estão em circulação com as notas antigas em uso há 14 anos, quando as normas internacionais recomendam apenas sete anos o tempo máximo de circulação.

Reza a história que muito antes da época colonial se utilizavam colares formados por rodelas de conchas furadas no centro e enfiadas em fios de fibras têxteis, como instrumento de troca.

Todavia, apesar da variedade de conchas, foi o Zimbo, pequeno búzio cinzento, um dos mais importantes e dos primeiros instrumentos de troca constituindo funcionalmente autêntica moeda local.

Entretanto, o Zimbo, Njimbu ou Lumache, um búzio do tamanho de um bago de café, teve curso como "moeda" em quase toda a costa ocidental africana. Apareciam em toda a costa de Angola, embora os mais belos fossem os da ilha de Luanda.

Os "panos" foram outra mercadoria-moeda de larga circulação entre os povos locais. Sucederam praticamente ao "Zimbo".

Consistiam os panos, na época, em pequenos pedaços de tecido, feitos à base das fibras da palmeira-bordão, e tinham geralmente a dimensão duma mabela. Tinham os "panos" duas origens distintas: o Congo e o Luango, onde os contratadores iam adquiri-los, trazendo-os para Luanda, onde circulavam como mercadoria moeda.

Porém, com a ampliação do comércio e a criação de indústrias em Angola, a situação modifica-se. De 1910 a 1962 lança o Estado colonial português no mercado a emissão "Vasco da Gama", o "escudo", as cédulas do Banco Nacional Ultramarino, as "ritas" e os "chamiços", os "angolares" e por último, em 1953, o "escudo" como unidade monetária.

O kwanza, que a 8 de Janeiro de 1977 substituiu o escudo português, está já a ser transaccionado, desde Novembro de 2013, em quatro países, designadamente Moçambique, Namíbia, Portugal e França.

Angop / Expansão

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