Preços das habitações duplicaram em Kz em cinco anos
Os preços de venda de habitações na cidade de Luanda afundaram até 45% nos últimos cinco anos em dólares, mas em Kwanzas esses preços duplicaram, de acordo com os cálculos do Expansão com base nos dados da consultora imobiliária Prime-Yield Angola, num relatório de balanço sobre o mercado imobiliário em 2020 e perspectivas para 2021.
No início do ano passado, uma moradia T3 nova na baixa de Luanda custava, em média, 550 mil USD, uma desvalorização de 44,6%, comparativamente a 2016, quando o preço médio de uma habitação na mesma zona rondava os 992,2 mil USD. No entanto, neste intervalo de tempo a moeda nacional foi alvo de uma reforma cambial no sentido da flexibilização da sua taxa de câmbio, o que provocou uma depreciação de 74,7% face ao dólar. Contas feitas, o apartamento que em 2016 custava 992,2 mil USD valia, à taxa de câmbio média daquele ano (163,656 Kz por USD) 162,4 milhões Kz. Já em 2020, essa casa valia à taxa de câmbio média de 578,259 Kz por USD qualquer coisa como 318 milhões Kz, uma subida de 96%.
Em 2016, cada metro quadrado de um imóvel novo na zona da Ingombota estava avaliado em 5.670 USD enquanto em 2020 valia 3.235 USD, menos 42,9%. Se os preços forem calculados em Kwanzas, cada metro quadrado em 2016 valia em média 927.932 Kz, e em 2020 valia 1.870.667 Kz, ou seja, mais 101,6%.
Quanto menos prime for a zona mais barato fica o metro quadrado. As moradias V3 implantadas numa área de 210 metros quadrados, em Luanda Sul/Talatona, por seu lado, os valares médios de venda situaram-se nos 575 mil USD, representando uma quebra de 34,7% comparativamente ao mesmo período do 2016. Já em Kwanzas, entre 2016 e 2020 os preços dispararam 130% para 332,5 milhões Kz.
(Leia o artigo integral na edição 640 do Expansão, de sexta-feira, dia 03 de Setembro de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)