Preços sobem 36% no mercado formal e 27% no informal em 2024
Preços mantiveram tendência crescente na maior parte no ano. Para comprar o mesmo cabaz que em Dezembro de 2023 custava 107.100 Kz no mercado informal, passaram a ser necessários mais 28.775 Kz. Já no formal, o mesmo cabaz que custava 32.635 Kz custa hoje mais 11.815 Kz.
Os preços de alguns dos principais produtos da cesta básica aumentaram, em média, 36% nos mercados formais e 27% nos informais entre Dezembro de 2023 e 2024, de acordo com a comparação dos preços de cabazes seleccionados pelo Expansão ao longo do ano nas principais praças e hipermercados da capital do País.
Estes cabazes consistem em 18 produtos seleccionados pelo Expansão cujos preços foram recolhidos nos mercados informais Catinton e Asa branca, e em 11 produtos nos hipermercados Kero, Candando e Maxi (ver tabelas).
A subida de preços no mercado formal em 2024 está acima do que foi o crescimento da inflação publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (ver página ao lado) a nível nacional (27,5%) e também na capital do País (32,2%). No entanto, no mercado informal, a subida de preços verificada ficou abaixo.
Segundo apurou o Expansão, entre final de 2023 e 2024 a situação financeira das famílias piorou já que os preços continuaram a crescer durante o último ano, não só influenciados pela desvalorização de 9% da moeda nacional, mas também por outros factores inflacionistas como menor oferta do que procura e a subida dos preços dos combustíveis (acabou por aumentar os custos da produção de alimentos e das pescas). Para se ter uma ideia, para comprar o mesmo cabaz que em Dezembro de 2023 custava 107.100 Kz passou a ser necessário mais 28.775 Kz no mercado informal. Já no formal o mesmo cabaz que custava 32.635 Kz custa hoje mais 11.815 Kz.
No mercado formal, entre o último mês de 2023 e Dezembro de 2024, entre os produtos que verificaram aumentos nos preços destaca-se o leite Nido com um aumento de 68%, o arroz com 36%, e a farinha de trigo com 35%. Mas verificaram-se também reduções nos preços de alguns produtos como a fuba de milho (-38%), o açúcar (-24) e o feijão preto em lata (-7), sobretudo devido à maior oferta de marcas nacionais como a Tio Lucas e o Patriota (ver tabela).
Já nos mercados informais, entre os maiores aumentos estão a farinha musseque (113%), a caixa de peixe carapau (48%), e a fuba de milho (43%). É importante destacar ainda a caixa de coxa de frango com 34%, um dos alimentos mais consumidos pela população de média e baixa renda, que custava até a última semana de 2024 mais 4.700 Kz do que em Dezembro de 2023. Destacam-se ainda produtos, como o arroz e a caixa de óleo, cujos preços também subiram, à semelhança do que aconteceu no formal.
No outro extremo, ainda no mercado informal, entre os preços que mais reduziram está o açúcar (-33), que foi um dos produtos que mais subiu em meados de 2023, ano em que se verificou uma retirada parcial dos subsídios aos combustíveis e uma desvalorização cambial de 39% face ao dólar. Destaca-se igualmente o sal grosso, cujo preço também caiu.
Leia o artigo integral na edição 809 do Expansão, de sexta-feira, dia 17 de Janeiro de 2025, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)