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Angola

Seis em cada dez quartos dos hotéis em Luanda estiveram vazios em 2024

DADOS DA CONSULTORA ABACUS

A contribuição do turismo para o Produto Interno Bruto é muito residual. O mercado está em baixa há vários anos, a pandemia da Covid-19 não ajudou, mas os empresários do sector esperam que 2025 seja um ano melhor, sobretudo nas províncias, beneficiando das celebrações dos cinquenta anos de independência.

Seis em cada 10 quartos dos hotéis de quatro estrelas, em Luanda, estiveram vazios em 2024, ou seja, a taxa de ocupação neste segmento hoteleiro foi de cerca de 38%, com preço médio de quarto a rondar os 190 USD a diária, indica a consultora Abacus no seu relatório anual sobre o mercado imobiliário angolano, publicado em Abril último.

Segundo os dados da consultora, Luanda, em 2024, contou com um stock de 2.690 quartos disponíveis, contra os 2.456 quartos em igual período do ano anterior.

Os pesquisadores entendem que, apesar de ser um número ainda muito curto, a taxa de ocupação é ainda muito baixa, dificultando a captação de investimento no sector, uma realidade que evidencia a crise no sector e que está longe de atingir os níveis pré-pandemia.

O segmento da hotelaria de negócios em Luanda, em 2024, viu entrar mais um hotel, o Protea Hotel By Marriott, com quatro estrelas e 84 quartos, aumentando, assim, para 14 as unidades que oferecem os padrões de qualidade exigíveis para este segmento de turistas que chegam às fronteiras angolanas.

A Abacus indica, no seu relatório anual, que o actual estado da procura, em baixa, em linha com o ambiente económico, não permite que as taxas de ocupação sejam as desejáveis, verificando- se assim uma inevitável pressão nos preços, ou seja, os consultores entendem que os altos preços praticados nas unidades hoteleiras são resultados da fraca procura pelos alojamentos.

Ao contrário da lei de mercado, em que quanto maior a procura mais os preços aumentam, neste sector acontece o contrário, já que uma menor procura "obriga" as unidades a tentar compensar as perdas de facturação com aumento dos preços.

Segundo os dados publicados, até Setembro de 2024, terão entrado no país 83.587 turistas, contra 75.675 mil no mesmo período de 2023, representando um aumento de 10,5% no espaço de um ano.

A consultora indica, por outro lado, que o executivo continua, num esforço sem precedentes, para que se concretizem importantes conferências em Angola, como objectivo de procurar uma ligeira melhoria dos números, mas ainda assim a ocupação hoteleira caiu ligeiramente face ao mesmo período de 2023 (ver gráficos).

No entanto, espera-se que 2025 seja um pouco melhor. É por isso que, de acordo com dados do relatório do INE sobre a conjuntura económica às empresas, referente ao IV trimestre de 2024, no sector do turismo o indicador de confiança dos empresários e gestores do turismo apresentou uma tendência positiva, considerando que a conjuntura económica começa a ser favorável...

Leia o artigo integral na edição 826 do Expansão, de Sexta-feira, dia 16 de Maio de 2025, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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