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Transparência Internacional admite "justiça selectiva" em Angola

Angola

A Transparência Internacional regista avanços na investigação da corrupção, mas constata que "raramente" são abertos "casos" fora do círculo de pessoas próximas de Eduardo dos Santos, o que levanta "dúvidas" quanto à existência de "justiça selectiva". Na era JLo o país subiu 31 lugares no índice de percepção da corrupção.

Angola saltou seis lugares no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência Internacional, liderado pela Dinamarca e Nova Zelândia, com 88 pontos, e está entre os seis países africanos que mais melhorias registaram desde 2012. A organização que mede o pulso à corrupção no sector público em 180 países e territórios reconhece avanços "significativos" na investigação de casos de corrupção no país, mas dá crédito aos que acusam a existência de um "justiça selectiva" que visa familiares e pessoas do círculo próximo do ex-Presidente, José Eduardo dos Santos.

Angola, que ganhou dois pontos em 2020, passou da posição 142 para o 136.º lugar, em 2021, com 29 pontos, na lista liderada em África pelas Seicheles, que tem 70 pontos. O índice de Percepção da Corrupção, divulgado pela Transparência Internacional (TI), classifica os países pelos níveis de percepção da corrupção no sector público, numa escala de zero (altamente corrupta) a 100 pontos (limpa da percepção de corrupção).

Angola contraria a tendência africana, num ano "turbulento para África Subsariana", em que a pandemia da Covid-19 atingiu "severamente o continente", a par de prolongados conflitos armados e crescentes ameaças terroristas", que exacerbam os "graves problemas de corrupção que existem há muito tempo", afirma a Transparência Internacional. A organização que "vigia" a corrupção no mundo reconhece que a subida de Angola tem relação directa com as "investigações de alto nível sobre a corrupção na antiga família no poder, entre eles a filha do ex-presidente e ex-chefe da empresa petrolífera estatal Sonangol".

Isabel dos Santos foi tema central da investigação Luanda Leaks e foi também recentemente sancionada pelo governo dos EUA por "corrupção significativa", refere a TI, que em 2012 reviu a metodologia usada para construir o índice, de "forma a permitir a comparação das pontuações de um ano para o seguinte".

(Leia o artigo integral na edição 659 do Expansão, de sexta-feira, dia 28 de Janeiro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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