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Análise

O Novo Aeroporto Internacional e a visão estratégica para o futuro da aviação em Angola

ANÁLISE

Um novo aeroporto permite-nos criar condições reais para que Angola se afirme como hub regional, com capacidade para atrair companhias aéreas internacionais, criar rotas e novos rumos, aumentar as ligações intra- -africanas e reforçar a posição geoestratégica do país.

O Novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto representa uma das mais importantes transformações estruturais alguma vez empreendidas no sector dos transportes em Angola. Mais do que uma obra de engenharia, esta infraestrutura é um verdadeiro instrumento de desenvolvimento nacional, com um potencial claro para reposicionar Angola no mapa da aviação civil africana e mundial, mas acima de tudo um importante catalisador da diversificação da economia nacional.

Com uma capacidade instalada para acolher até 15 milhões de passageiros por ano e movimentar mais de 130 mil toneladas de carga, o novo aeroporto não é só uma resposta ao crescimento da procura interna e internacional, mas sobretudo uma aposta estratégica numa visão de futuro. Uma visão que entende o transporte aéreo como um motor de progresso, competitividade e inclusão.

A decisão de construir esta infraestrutura não foi apenas técnica. Reconhecemos a visão e audácia de pensar grande e pensar País. Mas ela tem fundamentos profundos económicos e sociais.

Afirmação como hub regional

Um novo aeroporto permite-nos criar condições reais para que Angola se afirme como hub regional, com capacidade para atrair companhias aéreas internacionais, criar rotas e novos rumos, aumentar as ligações intra- -africanas e reforçar a posição geoestratégica do país. Permite- -nos criar condições ligadas à actividade aeronáutica distintas e diferenciadas, como a criação de Centros de Manutenção de Aeronaves, como centros de treinamento e formação especializados, como uma verdadeira academia da aviação civil à disposição da nova geração de profissionais do sector. Permite-nos criar as infraestruturas necessárias para responder e integrar a cadeia logística global, e o desenvolvimento de todo ecossistema circundante e relacionado com o sector, até à hospitalidade e lazer. Pela sua localização privilegiada na costa atlântica e pela conectividade com os mercados do SADC, da África Central e de outras regiões do continente, Angola pode agora oferecer uma alternativa sólida às grandes plataformas do Sul Austral, do Oeste e do Leste de África.

Coube-nos a nós a responsabilidade e a missão de fazer acontecer. Tirar do papel ou do desafio de o fazer acontecer. Não colocamos em causa a visão de quem a teve com base em estudos técnicos e internacionalmente reconhecidos sobre a necessidade de se ter um Novo Aeroporto em Luanda. Esse mérito aqui reconhecemos. Assim como devemos reconhecer o mérito de quem decidiu após visita de campo, a primeira vista de campo enquanto Presidente, de Sua Excelência João Manuel Gonçalves Lourenço, acto este que virou pratica da sua governação volvidos 8 anos, determinar numa altura em que nada jogava a favor o projecto, por razões financeiras, por razões administrativas ou até de governação e gestão de um projecto de uma envergadura altamente complexa, de o concluir enquanto missão de Estado.

Iniciámos, de forma estrutural a equacionar como poderíamos chegar ao momento de conseguir tirar partido de uma infraestrutura desta envergadura. Procurámos uma abordagem profunda alicerçada na experiência e fundamentos que determinam o sucesso e progresso das nações. Revimos todo o quadro legal, regulamentar, institucional e corporativo do sector, culminado com a criação da primeira Entidade Administrativa Independente do País e a sua própria legislação, a ANAC - Autoridade Nacional da Aviação Civil.

Reconhecimento internacional

Angola é hoje vista e reconhecida, com prémios internacionais e africanos, como um exemplo a seguir para o desenvolvimento do sector aeronáutico no continente. Alterámos o modelo de governação de um projecto tão desafiante e complexo como fazer acontecer um novo aeroporto de escala continental, com a criação do GONAIL - Gabinete de Operacionalização do Novo Aeroporto Internacional de Luanda e buscando o engajamento do sector privado, lançamos o primeiro concurso internacional para a concessão de uma infraestrutura aeroportuária no País.

Leia o artigo integral na edição 834 do Expansão, de Sexta-feira, dia 11 de Julho de 2025, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

*RICARDO VIEGAS D"ABREU, Ministro dos Transportes

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