Angola é o segundo africano e o quarto maior produtor de diamantes do mundo
Apesar do atraso no arranque da central de tratamentos da Mina do Luele, o País contribuiu com 9%, cerca de 9,8 milhões de quilates de um total de 111,5 milhões de quilates de diamantes brutos extraídos em 2023 a nível global.
Angola só é superada pela Rússia, Botswana e Canadá na lista dos maiores produtores de diamantes no mundo. De acordo com os dados do ranking publicados pelo Processo Kimberly, entidade mundial para a certificação de diamantes no mundo, que tem a Rússia na liderança, em termos de valor o nosso País poderá tornar-se no terceiro maior produtor de diamantes em termos de volume. ainda este ano. O nosso País vendeu, em 2023, 1.532 milhões USD, um diferencial de apenas 18 milhões USD do terceiro classificado que é o Canadá.
Os dados divulgados indicam que Angola, apesar dos constrangimentos registados no arranque da central de tratamentos da Mina do Luele, contribuiu com 9%, cerca de 9,8 milhões de quilates de diamantes de um total de 111,52 milhões de quilates em brutos produzidos a nível global em 2023, indica o relatório anual do Processo Kimberly.
A Rússia, que neste relatório aparece com o maior produtor de diamantes apesar das sanções do G7 aos diamantes russos, foi o que mais contribuiu, respondendo por 33% da produção mundial de diamantes brutos, ou seja, cerca de 37 milhões de quilates.
Já o Botswana, o maior produtor africano de diamantes, foi o segundo no ranking mundial, ao extrair 23% do total, perto de 25 milhões de quilates dos 111,52 milhões produzidos em todo o mundo. O Canadá, com 14%, foi o terceiro, enquanto a República Democrática do Congo, com 8%, o último.
O documento aponta, por outro lado, que, em 2023, o volume de produção global de diamantes caiu 7,6%, em relação aos 12 meses de 2022. Enquanto isso, a indústria global dos diamantes registou uma queda, em termos de receitas, de 20%, fixando-se no fecho do exercício de 2023, nos 12,7 mil milhões USD, em comparação com os 15,9 mil milhões arrecadados em 2022. Já o preço médio do diamante bruto fixou-se em 114,1 USD por quilate.
O Processo Kimberly indica, no seu relatório que o volume de produção de diamantes brutos do Botswana, segundo maior produtor do mundo em 2023, aumentou marginalmente para 25,1 milhões de quilates, mas o seu valor caiu de 4,7 mil milhões em 2022 para os 3,3 mil milhões no ano passado. Enquanto a produção do Canadá permaneceu estável em 16 milhões de quilates, e o valor caiu de 1,87 mil milhões em 2022 para os 1,54 mil milhões USD em 2023.
O maior exportador de diamantes brutos de 2023, foi os Emirados Árabes Unidos, com uma participação de 30%. A União Europeia ficou em 2º lugar com 17%, e a Rússia exportou 11%. do total A Índia tornou-se no maior importador de diamantes brutos e em termos de volume e valor, com uma quota de 127,7 milhões de quilates num valor de 14,6 mil milhões USD.