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Angola

Mais de 20 países no mundo vão deixar de financiar projectos de combustíveis fósseis

São 18 mil milhões de dólares desviados para as energias limpas

As empresas de carvão, petróleo e gás insistem que são necessários para atenderam à evidente procura global, mas há indicações para bloquear o fluxo de dinheiro que se destina a projectos para empresas que continuem a utilizar os combustíveis fósseis. Em Luanda, a ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, pede mais atenção ao ambiente ao novo ministro Filipe Zau

Os líderes mundiais abandonaram Glasgow e é agora a vez dos negociadores, ou seja, tudo o que vai para além das promessas feitas nos dois primeiros dias da cimeira do clima COP26.

Os Estados Unidos e mais 20 outros países anunciaram, nesta quinta-feira, 4 de Novembro, que vão deixar de apoiar projectos internacionais de combustíveis fósseis. A medida vai permitir desviar 18 mil milhões de dólares por ano para as energias limpas. Esta medida, vai restringir ainda mais os investimentos em perfuração e exploração de novos poços petrolíferos ou fábricas que usem energia a partir do carvão e vai condicionar a atitude de bancos de investimentos e outras instituições multilaterais de interesse público.

Gestores e dirigentes de instituições multilaterais, filantrópicas e grupos de defesa do Ambiente têm vindo a pedir eliminação progressiva de operações com carvão, petróleo e gás, argumentando que se isso for feito da forma certa é mais provável que os consumidores de todo o mundo avancem mais rapidamente no sentido da descarbonização.

"Acabar com o financiamento internacional para todos os combustíveis fósseis é a próxima meta crítica que temos de cumprir", disse o ministro britânico da Energia, Greg Hands, para acrescentar, "devemos colocar as finanças públicas do lado certo da história."

China, Japão e Coreia do Sul, que juntos respondem por quase metade do financiamento público internacional para projetos de combustíveis fósseis, não aderiram ao compromisso.

Este compromisso de separar o financiamento das energias limpas dar energias fósseis colheu o apoio, para além dos Estados Unidos e do Reino Unido, de mais 18 países, entre elas a Polónia, Chile e Vietname, que são grandes consumidores de carvão, o que se comprometem a eliminar até 2030.

Em Luanda, a ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, pediu, esta semana, "uma maior promoção do sector ambiental, no cumprimento e execução das resoluções da Conferência sobre o Clima (COP26)", lemos no Jornal de Angola, também como forma de "o país estar mais atento às alterações climáticas, preservação e conservação das espécies da fauna e flora e a educação ambiental".

A ministra de Estado disse isto no momento da passagem de pastas para o novo ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Filipe Zau, que testemunhou.