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Saída da Alrosa de Catoca em standby até às eleições nos Estados Unidos

EVENTUAL DERROTA DE JOE BIDEN ABRE PORTAS A CONTINUIDADE

O vice-ministro russo das Finanças, Alexey Moiseev, revelou que as negociações para a saída da Alrosa estão a desenvolver-se "numa direcção construtiva." O preço da participação da Alrosa em Catoca está a ser discutido com "investidores amigos". Vitória de Trump pode mudar destino, admitem as partes.

A eventual saída da multinacional russa Alrosa da Sociedade Mineira de Catoca (SMC), onde detém 41% das acções, está a depender das eleições presidenciais nos Estados Unidos da América que se realizam em Novembro próximo, apesar de do lado da Rússia já se admitir a venda, apurou o Expansão junto de fontes do Governo.

Em cima da mesa, segundo a fonte ligada às negociações em curso pelo lado angolano, está uma saída amigável da Alrosa, que ainda assim está em standby até que decorram as eleições presidenciais nos EUA, a 5 de Novembro, já que uma eventual saída de Joe Biden é encarada pelas partes como o fim da pressão para a venda da parte russa na Sociedade Mineira de Catoca. Caso a vitória caiba ao candidato republicano Donald Trump, algumas sanções a Moscovo serão levantadas, ficando tudo como está.

Mas caso Joe Biden se mantenha no poder, segundo a fonte, os russos estão a negociar a venda a um investidor "amigo". Aliás, esta informação também foi avançada esta semana pelo vice-ministro das Finanças russo Alexey Moiseev, citado pelas agências russas Interfax e Tass, que disse que os angolanos têm "razões justas na generalidade" para quererem que a Alrosa saia da companhia que explora os diamantes, porque companhias ocidentais envolvidas na compra dos diamantes ou no fornecimento de material recusam-se a negociar com os angolanos, devido à presença da multinacional russa.

Moiseev referiu que estão a ser analisadas "várias opções", mas acrescentou que "o significado disto é que a participação terá, aparentemente, que ser vendida". Não avança as datas, mas o certo é que, enquanto for considerada um activo tóxico para o negócio dos diamantes em Angola, a Alrosa deverá sair da Mina de Catoca. "Há, fundamentalmente, conversações normais, investidores amigos apareceram e tudo isto pode ser feito de um modo sem litígio e incidentes", disse Moiseev, que não deu a conhecer os nomes desses investidores.

(Leia o artigo integral na edição 774 do Expansão, de sexta-feira, dia 03 de Maio de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)