Marcas chinesas já valem quase metade das vendas de automóveis
A comercialização de ligeiros de passageiros subiu de 2.406 para 3.876 em 2021, segundo os dados da ACETRO, que não incluem as novas marcas que têm vindo a entrar no mercado nacional. Estas valerão quase 2.000 unidades.
Os dados estatísticos da Associação dos Concessionários de Equipamentos de Transporte Rodoviário e Outros (ACETRO) mostram um crescimento acentuado de 61% nas vendas de automóveis em Angola durante o ano passado, passando de 2.406 viaturas para 3.876. Os números apurados pelo Expansão indicam também que as marcas de origem chinesa estão a aumentar rapidamente as suas quotas de mercado, e só no ano passado duas delas venderam mais de 2.000 carros novos, uma realidade que está a provocar mudanças no sector automóvel.
Em 2021, os membros da ACETRO (organização que inclui cerca de 40 representantes de diferentes marcas e construtores tradicionais como a Toyota, Suzuki, Hyundai, Renault, Nissan, Land Rover, Volvo, entre outras) comercializaram 3.876 viaturas, tratando-se da primeira recuperação desde 2014, quando tinham sido vendidas 44.536 unidades.
Em 2015 os indicadores baixaram para 20.584. Nos anos seguintes, devido à forte recessão económica, a queda acentuou-se de tal forma (9.178 em 2016, 4.298 em 2017, 3.141 em 2018, 3.073 em 2019 e 2.406 em 2020) que, actualmente, a venda de automóveis no País representa apenas 9% do mercado de há oito anos.
O presidente da ACETRO e CEO da Toyota de Angola, Nuno Borges, considera que 2021 "foi um ano ainda muito difícil devido, principalmente, ao impacto que a Covid-19 teve na economia, não só em Angola, mas em todo o Mundo". "O mercado teve um crescimento muito limitado", sublinha ao Expansão o empresário e gestor, que lidera a Toyota de Angola há largos anos.
(Leia o artigo integral na edição 658 do Expansão, de sexta-feira, dia 21 de Janeiro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)