MinFin atrasa os pagamentos, governo do Bié reclama, ministra faz promessas, mas conclusão de obras sociais estão condicionadas
O atraso do Ministério das Finanças (MINFIN) na cabimentação de verbas ao governo da província do Bié está a condicionar a conclusão das infraestruturas sociais. A falta de pagamentos de alguns projectos nos sectores de energia, água, vias de comunicação e educação, uns já em fase de conclusão e outros por iniciar, está a causar muitos constrangimentos ao governo local.
Entre os programas, o destaque recai para a conclusão da asfaltagem do troço Cuito/rio Mbuim, a estrada que liga os municípios do Cuito/Catabola/Camacupa/Cuemba, a construção dos sistemas de água nos municípios do Andulo, Camacupa, Catabola e Chinguar, a electrificação da província, o arranque do projecto da mini-hídrica no rio Cunje, e Camacupa, bem como a conclusão de 32 residências.
O governador provincial, Pereira Alfredo, apresentou esta quinta-feira, as reclamações à ministra das Finanças Vera Daves de Sousa, que, por sua vez, e apesar de estar em incumprimento, prometeu honrar o compromisso do Governo de continuar a investir no sector social, com vista a melhorar as condições de vida das populações.
No encontro que manteve com o governador do Bié e os administradores municipais, que visa conferir a execução dos processos em carteira nesta região, a governante explicou que o Executivo vai continuar a mobilizar recursos para manter consistentes os investimentos, apesar de reconhecer a limitação quer do espaço orçamental quer da capacidade de endividamento.
" O nosso compromisso com o sector social e inegociável. Vamos continuar a investir nesta área, com foco nas prioridades que os ministérios e o poder local do Estado vão identificando, quer seja na construção, reabilitação e apetrechamento de escolas, quer na formação de professores e outras", respondeu a ministra às inquietações locais.
Pereira Alfredo solicitou à titular do MINFIN, para que nos próximos exercícios económicos sejam priorizados a construção de mais escolas, já que na província existem perto de 106 mil crianças fora do sistema de ensino.
"Queremos concluir a edificação da igreja da Sé Catedral do Cuito, cujas obras estão paralisadas há dez anos, mas a sua execução física já está em 94%", disse Pereira Alfredo