Turbulência marca início de operações no aeroporto e passageiros apontam às dificuldades de mobilidade
O operador temporário do AIAAN fala em nova era da aviação civil em Angola. Ainda assim, são muitos os desafios mas as autoridades estão confiantes. Hotel só deverá estar concluído em 2026 e, até lá, muitos passageiros terão de passar as noites nos assentos das salas de espera do aeroporto.
As entidades responsáveis pelo sector dos transportes em Angola garantem que o Aeroporto Internacional António Agostinho Neto (AIAAN) está apto para operar qualquer serviço aeroportuário, uma vez que a infra-estrutura já foi certificada internacionalmente. Utentes e passageiros falam de um início de operações turbulento, com atrasos na partida dos voos e dificuldades de mobilidade no acesso ao AIAAN.
No passado dia 10 de Novembro foi lançada a primeira fase de operações do AIAAN com quatro voos da TAAG com destino à província de Cabinda, depois de ter sido obtida a certificação da Agência Nacional de Aviação (ANAV). Durante este período, que deve durar até Março de 2025, o sector dos transportes e a entidade gestora do aeroporto prometem que mais rotas domésticas serão abertas para a região leste e sul de Angola. Mas é certo que ainda há muitas barreiras para transpor e oferecer um serviço de qualidade dentro dos padrões internacionais.
O atraso dos voos de Cabinda para Luanda é o facto mais relatado pelos utentes dos serviços da transportadora aérea de bandeira TAAG, que está a operar os voos domésticos para Cabinda a partir do novo aeroporto, nesta primeira fase, enquanto se vai efectivando a transferência de todos os serviços para o novo aeroporto.
Confrontado com as reclamações apresentadas pelos passageiros do primeiro voo, que teve um atraso de mais de duas horas, o presidente da comissão executiva da TAAG, Nelson Oliveira, tranquilizou os passageiros da companhia nacional e garantiu que tudo está a ser equacionado para que nesta primeira fase da operacionalização do novo aeroporto não criem dificuldades para os clientes que procuram pelos serviços da transportadora de bandeira.
"O negócio da aviação são fases. O que é bom para a TAAG é bom para os outros. Estamos a trabalhar com normas internacionais. As regras são as mesmas e internacionais. O que a TAAG tem de cumprir, os outros também têm de cumprir. Vamos olear a máquina para que todos encontrem este aeroporto nas melhores condições", refere Nelson Oliveira.
As autoridades acreditam que os constrangimentos registados nos primeiros dias da operacionalização do AIAAN em breve serão ultrapassados. "Tudo será ultrapassado e vamos oferecer o melhor serviço do sector da aviação civil em Angola", disse António Pombal, director-geral da ATO, operadora temporária do AIAAN.
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