A ANCAF está a preparar o lançamento da liga profissional de futebol masculino há vários anos, sendo que apesar que ter estado agendada para começar esta época, voltou a ser adiada. Os principais clubes angolanos e federação ainda não chegaram a um acordo final, sendo que por um lado os primeiros reivindicam para si o direito de organizar a competição, mas por outro a federação não tem mostrado muita vontade de perder o Girabola. Isto apesar de ter sido assinado um Memorando entre as partes em Outubro de 2023, que deu à ANCAF poderes para poder recolher patrocínios para organizar a competição, e onde a federação se comprometia a delegar competências para esta organizar a Liga de Futebol Profissional de Angola.

Foi neste sentido que a instituição assinou com a UNITEL um memorando para a participação da telefónica nos projectos desenvolvidos que levam à concretização deste objectivo. Em termos práticos, a companhia assume-se como o patrocinador principal da Liga Profissional quando esta se iniciar. Não foram, no entanto, divulgados os valores que estão subjacentes a este entendimento.

O director de Marketing e Negócios Digitais da empresa, Teodoro Fernandes, fez questão em reforçar que "temos apoiado programas desportivos que incentivem o espírito de colectividade, inclusão em todas as faixas etárias e sectores que incorporam valores, como: a disciplina, o bom senso desportivo e trabalho em equipa. É impossível dissociar a marca do Desporto, porque o Desporto é feito por pessoas e as pessoas fazem a UNITEL".

Já o vice-presidente da ANCAF, João Lusevikueno, destacou que "quando um dia escrevermos sobre a história do futebol angolano e sobre a criação da Liga Angolana de Futebol, não nos podemos esquecer de mencionar a Unitel. Acreditou no projecto ANCAF desde o início e terá que ser vista no futuro como uma das empresas impulsionadoras da Liga Angolana de Futebol".

A futura competição irá substituir o actual Girabola, mas só arrancará quando todas as condições estiveram criadas, sendo que as mais importantes são a autonomia administrativa e financeira da Liga, o cumprimento da condições exigidas aos clubes e a transparência nas contas.