Os desenhos narram desde o amor em tempo de cólera à prostituta na baixa de Luanda, "como uma namorada, um cigarro, uma vela acesa e a (necessidade da) cidade", que, usando da sátira política e social, mostra as convicções do artista.

Evan Claver justifica que a escolha do Camões é de extrema importância, por ter sido naquele espaço onde aprendeu e ganhou o gosto pela leitura e conhecimento sobre as artes. Agora, com a sua primeira mostra individual, sente-se um artista completo, pela exposição e pelo local onde ela se realiza. A maior tela da exposição reúne 40 ilustrações de rostos que Claver assume serem o reflexo da sua memória. "São coisas que vi e vivi, é a minha memória", explica.

Além dos desenhos, quem visitar a exposição poderá assistir à curta-metragem "Enóquio", na qual o artista revela a sua vocação cinematográfica, ao apresentar a realidade de Luanda, onde nasceu em 1987, da pobreza à busca da realização de sonhos.