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"O sector da moda vai crescer muito com as nossas indústrias têxteis"

Adélcia André

Ana One é a mais recente linha de roupa angolana. A sua criadora quer fazer da marca uma referência nacional e internacional. O mercado é desafiador, mas está aberto a novos criadores. Adélcia acredita que alguns sectores vão crescer depois da pandemia o que permitirá a melhoria da actividade económica.

Trabalhou como marketeer na banca. Como foi a "migração" para a moda?

Desde muito cedo que tenho paixão pela moda. Criava algumas peças para mim que despertavam o interesse de outras pessoas. Posteriormente, pensei comercializar, uma vez que já recebia encomendas. Daí percebi que precisava levar esta área para um caminho mais profissional e decidi ir a Portugal, onde me especializei em designar de moda e marketing de moda. Em 2016, entrei no mercado com a marca Ana One. mas só em Fevereiro deste ano lancei a primeira colecção no nosso mercado.

Porquê Ana One?

Ana é a abreviação do meu nome completo. One é para dar ênfase e ser diferente de outras Anas que já existem no mercado.

Como se pode impor no mercado, quando há muita oferta e a preço baixo?

Há poucos estilistas no país e Angola é um mercado grande, por isso, ainda não conseguimos dar ao mercado aquilo que ele necessita. De qualquer modo, tentamos diferenciar-nos de outras marcas e agregamos valor aos produtos apresentados.

Que análise faz sobre o mercado nacional?

É um mercado desafiador, mas também é aberto a novos criadores. Precisamos crescer muito. Temos muitas dificuldades na aquisição de matéria-prima. Mas precisamos muito de nos unir. Penso que o sector da moda vai crescer muito com a nossa indústria têxtil. Todos os dias fazemos as coisas acontecer com o que está à nossa disposição.

Qual é o impacto do surgimento da indústria têxtil no vosso negócio?

Quando a indústria têxtil começar a colocar o material no mercado terá um impacto positivo nos resultados financeiros, porque gastamos muitas divisas a importar matéria-prima. E vai também facilitar a criação dos nossos próprios padrões.

Qual é a origem da matéria-prima que usa?

Os tecidos e outros elementos necessários para a confecção das nossas peças vêm de diversos países, como Portugal, Turquia, Marrocos, Moçambique, entre outros.

Como olha para a concorrência?

A concorrência é saudável para um negócio. Os que começaram, abriram-nos as portas e, observando os que têm mais experiência, conseguimos perceber o que temos de fazer e como caminhar. E estamos preparados para os futuros criadores.

(Leia a entrevista integral na edição 619 do Expansão, de sexta-feira, dia 9 de Abril de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)