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Economia

BNA decide hoje curso da política monetária

INFLAÇÃO MENSAL ACELEROU, MAS HOMÓLOGA CONTINUA A ABRANDAR

O Comité de Política Monetária (CPM) do Banco Nacional de Angola (BNA), órgão responsável pela formulação da política monetária e cambial, vai decidir o curso da política monetária durante a reunião bimestral, que se realiza hoje, 18 de Julho, na cidade do Soyo.

Na última reunião, realizada em Maio, em Luanda, o banco central decidiu manter a taxa directora (Taxa BNA) em 19,5%, bem como a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez em 20,5% e a taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez (a taxa de juro que os bancos recebem quando depositam fundos no banco central) em 17,5%.

Adicionalmente, o CPM decidiu reduzir o coeficiente de reservas obrigatórias em moeda nacional, de 20% para 19%, o que significa que houve um ligeiro alívio na política monetária. Foi a segunda vez no ano que o banco central decidiu reduzir este coeficiente, depois de em Janeiro ter cortado igualmente 1,0 pontos percentuais.

"Estas decisões tiveram em consideração o ambiente de incertezas no cenário internacional, que pode impactar negativamente a economia nacional, embora se mantenha a trajectória de redução da inflação", justificou o BNA na última reunião.

Entretanto, a inflação mensal, que estava a abrandar desde Janeiro, voltou a acelerar no mês de Junho, para 1,21%, um aumento de 0,04 pontos percentuais face aos 1,17% registados em Maio. Já a inflação homóloga, ou anual, que mede a variação de preços num determinado mês do ano face ao mesmo mês do ano anterior, está a desacelerar há 11 meses consecutivos, e passou de 20,74% em Março para 19,73% em Junho, ainda acima da taxa de juro do BNA.

É expectável que nos próximos meses a inflação mensal deva acelerar ainda mais depois do aumento dos preços do gasóleo e dos transportes, verificados em Julho, bem como da educação, com efeitos o partir do início do próximo ano lectivo, que arranca no mês de Setembro.

Até ao final do ano, o BNA perspectiva uma taxa de inflação de 17,5%, justificada pelas expectativas de melhoria da oferta de bens e serviços e pela adequação das condições monetárias à actividade económica. O Governo é mais optimista e projecta uma taxa de inflação de 16,6%, ao passo que o FMI é mais pessimista e aponta a 20,1%.

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