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Economia

BNA mantém taxa básica de juro em 19,5% e volta a reduzir coeficiente de reservas obrigatórias para 18%

Decisão do Comité de Política Monetária

Governador justifica que a manutenção das taxas de política, teve em "consideração o ambiente de incerteza que se mantém no cenário internacional, e as expectativas geradas pelos ajustamentos de preços administrados na economia nacional".

O Comité de Política Monetária (CPM) do Banco Nacional de Angola (BNA) decidiu, hoje, manter a directora (Taxa BNA) em 19,5% bem como as de juros da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez em 20,5% (taxa que o banco central cobra aos bancos para lhes emprestar dinheiro) e a taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez (a taxa de juro que os bancos recebem quando depositam fundos no banco central) em 17,5%.

Adicionalmente, o banco central decidiu voltar a reduzir o coeficiente de reservas obrigatórias em moeda nacional, de 19,0% para 18,0%, uma redução de 1 ponto percentual, tal como o fez em Maio, quando cortou precisamente 1 ponto percentual neste coeficiente.

O anúncio foi feito hoje pelo governador do BNA, Manuel Tiago Dias, que falava durante a 124.ª Reunião Ordinária do Comité de Política Monetária, que se realizou na cidade do Soyo, província do Zaire.

"A manutenção das taxas de política, teve em consideração o ambiente de incerteza que se mantém no cenário internacional, e as expectativas geradas pelos ajustamentos de preços administrados na economia nacional", justificou o Governador do banco central, Manuel Tiago Dias.

Por sua vez, a redução do coeficiente de reservas obrigatórias em Moeda Nacional, segundo Tiago Dias, visa influenciar a redução das taxas de juros no mercado interbancário e estimular o financiamento ao sector real da economia.

Importa realçar que a taxa de inflação mensal, que estava a abrandar desde Janeiro, voltou a acelerar no mês de Junho, para 1,21%, um aumento de 0,04 pontos percentuais face aos 1,17% registados em Maio. Já a inflação homóloga, ou anual, que mede a variação de preços num determinado mês do ano face ao mesmo mês do ano anterior, está a desacelerar há 11 meses consecutivos, e passou de 20,74% em Março para 19,73% em Junho, ainda acima da taxa de juro do BNA.

É expectável que nos próximos meses a inflação mensal deva acelerar ainda mais depois do aumento dos preços do gasóleo e dos transportes, verificados em Julho, bem como da educação, com efeitos a partir do início do próximo ano lectivo, que arranca no mês de Setembro.

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