Novas tarifas dos EUA e queda de reservas indicadas pelo American Petroleum Institute fizeram oscilar os preços do barril. Nas bolsas, os índices valorizaram, impulsionados por resultados empresariais fortes.
Os preços do petróleo oscilaram na última semana, reflectindo preocupações com a guerra comercial entre os EUA e seus parceiros. O risco de impacto na economia global e no consumo de crude pressionou as cotações. Os EUA impuseram tarifas de 25% sobre aço e alumínio, enquanto a China retaliou com taxas de até 15% sobre produtos norte-americanos, incluindo energia e automóveis.
No final da sessão de quarta-feira, no mercado de Nova York, o preço do WTI rondava os 72 dólares por barril, enquanto o Brent, em Londres, oscilava à volta dos 76 dólares. Adicionalmente, os preços reflectiam o aumento das reservas nos EUA, sendo que os dados publicados pelo American Petroleum Institute, apontavam para uma subida de 9 milhões de barris nas reservas de petróleo dos EUA na semana encerrada a 7 de Fevereiro, não obstante ter existido uma redução nos stocks de gasolina e de gasóleo.
As cotações do petróleo receberam uma pressão descendente adicional, após a publicação, nesta semana, da previsão do Departamento de Energia dos EUA, para o preço médio do Brent, fixada em 74 dólares por barril em 2025. A Instituição também projecta uma queda para 66 dólares em 2026, justificado pelo esperado aumento da produção global, a ser impulsionado por uma subida na oferta fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo.
Um outro destaque da semana, foi a subida de mais de 9% do preço do café no mercado internacional, tendo atingido 404 dó lares por libra peso. Trata-se do seu máximo histórico, influenciado por baixas espectativas de colheitas no Brasil este ano, o maior produtor mundial, após o mau clima registado em 2024. No mercado accionista, os índices registaram ganhos na semana, impulsionados por resultados empresariais do último trimestre de 2024 acima das expectativas.
No entanto, o anúncio de novas tarifas limitou os ganhos. Nos EUA, o S&P 500 subiu 0,71%, enquanto o Nasdaq Composite valorizou 0,62%. Na Europa, os índices Stoxx 600 e FTSE 100 atingiram máximos históricos, com ganhos de 0,89% e 0,90%, respectivamente. Na política monetária, o Banco de Inglaterra cortou as taxas de juro em 25 pontos base para 4,5% em Fevereiro, após dois meses de pausa.
Por seu lado, nos EUA, o Presidente do Federal Reserve efectuou declarações na semana, dando indicações sobre uma postura mais cautelosa sobre continuar a reduzir os juros devido a resiliência da economia e do mercado de trabalho.
