Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Economia

Plano Director dos Transportes prevê investimento privado de 12,4 mil milhões USD, cerca de 40% do valor global estimado

Implementação do programa entre 2019-2038 vai custar 30,3 mil milhões USD

O financiamento do Plano Director Nacional do Sector dos Transportes e Infra-estruturas Rodoviárias (PDNSTIR 2019-2038), aprovado recentemente pelo Presidente da republica e publicado em Diário da republica, está estimado em 30,3 mil milhões USD com base nos dados compilados pelo Expansão.

Contas feitas, do total previsto, 41%, o equivalente a 12,4 mil milhões USD será financiado pelo sector privado, enquanto os restantes 59%, o equivalente a 17,9 mil milhões serão garantidos através de financiamentos públicos, conforme indica o mapa de investimentos de curto, médio e logo prazos 2018 a 2038.

Concebido como um documento programático, o PDNSTIR, de acordo com o ministério dos Transportes, terá pernas para andar, porque tem uma abordagem sobre projectos de infraestruturas em Parcerias Públicas Privadas (PPP) e Concessões para não onerar o Estado.

A ser desenvolvido pelo Ministério dos Transportes (MINTRANS) e o Ministérios das Obras Públicas e Ordenamento do Território (MINOPOT), o PDNSTIR 2019-2038 vai ser implementado em três fases, cuja primeira iniciou em 2018 e vai até 2023, a segunda será implementada entre 2024 a 2029, enquanto a terceira vai até 2038, podendo durar mais anos até estarem concluídos todos os projectos.

Considerado um programa ambicioso e estruturante, mas também com os seus condicionalismos, como os financiamentos, de onde virão e quais serão as derrapagens face aos orçamentos agora aprovados. Até 2023, deverá consumir cerca de 10,1 mil milhões USD, dos quais 6,3 mil milhões USD, ou seja 63,0% serão suportados pelo Governo, enquanto os restantes 37% serão financiamentos privados. Em resposta ao Expansão, o MINTRANS explica que o sector está a criar o Fundo de Infraestruturas de Transportes de Angola (FITA), para alavancar projectos de infraestruturas sem grande intervenção do Estado, onde a sua fonte de recursos será a arrecadação de receitas das empresas ligadas ao sector e dos adiantamentos " Up fronts" das concessões de infraestruturas existentes, ou seja projectos.

Especialistas acreditam que esta empreitada, não se apresenta fácil, tendo em conta o horizonte temporal previsto para a sua implementação. Garantem que o Governo vai encontrar muitas contingências, sobretudo a contratação de financiamentos, tendo em conta a crise financeira que o País vive e um ambiente de negócios que ainda carece de muitos incentivos.

(Leia o artigo integral na edição 630 do Expansão, de sexta-feira, dia 25 de Junho de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)

Logo Jornal EXPANSÃO Newsletter gratuita
Edição da Semana

Receba diariamente por email as principais notícias de Angola e do Mundo