Plataformas logísticas precisam de 246,6 milhões USD
País tem projectado seis plataformas logísticas, mas a da Caála, com volumes de 48 mil toneladas por ano, é a única que está com o processo de concessão em curso e vai ser inaugurada ainda este ano. Ministro diz que o modelo vai ser replicado a nível de outras regiões do País.
A implementação da Rede Nacional de Plataformas Logísticas que implicam a construção de seis plataformas logísticas requer um investimento de 246,6 milhões USD, segundo avançou o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D"Abreu, que falava durante evento "Economia 100 Makas" realizado esta semana, em Luanda.
Este valor está repartido em 152,1 milhões USD dos concessionários, geralmente formados por consórcios, e 94,5 milhões garantidos pelo concedente, neste caso o Estado angolano.
Segundo os dados apresentado pelo titular dos Transportes, as plataformas estão divididas dois grupos: o primeiro engloba as plataformas de interligação e agrícola, como os casos da Plataforma Logística da Caála (Huambo), Arimba (Huíla) e do Lombe (Malange). E o segundo é formado pelas plataformas fronteiriças, que integram o Luau (Moxico), Luvo e Soyo, ambas na província do Zaíre.
Estas plataformas vão ser erguidas numa parceria entre o governo de Angola, representado pela ARCCLA, e o governo dos Países Baixos, representado pelo consórcio Fying Swans. Plataforma da Caála vai ser inaugurada este mês Segundo o ministro, a Plataforma Logística da Caála, que tem com volumes de 48,0 mil toneladas por ano, é a única que está com o processo de concessão em curso e vai ser inaugurada ainda este ano.
"A plataforma logística da Caála é aquela que está em fase mais adiantada de concretização, e pretendemos que seja um modelo que poderá ser replicado a nível de outras regiões do País", disse Ricardo de Abreu. "Este é o primeiro modo integrado de fazer logística, e passa por termos também um conjunto de outros parceiros, incluindo privados, para sua dinamização e o projecto está a correr bastante bem com apoio também do Banco Mundial na solução ainda intercalar até chegarmos a este cenário", acrescentou.
Esta plataforma está projectada para ser o centro de distribuição centralizado do Huambo, uma província que já foi o celeiro da produção agrícola do País, principalmente nas fileiras dos cereais, leguminosas, oleaginosas e hortícolas. Terá ainda um papel importante na exportação de frutas e no desenvolvimento da plantação de abacate, que está a ser desenvolvido na região em parceria com importadores holandeses, e que justifica também esta parceria.
Para a indústria esta plataforma servirá como aglutinador do trânsito de mercadorias do Atlântico ao Leste, já que está ligado ao corredor do Lobito, com ligação ferroviária entre o Caminho-de-Ferro de Benguela e o de Luanda, para produtos como fertilizantes, cimentos, minerais ou insumos de agro-processamento. Entretanto, já foi realizada a primeira exportação de abacate para os Países Baixos confirmada no dia 26/11 a partir do Corredor do Lobito, com o objectivo de estabelecer operações regulares de exportação.
Durante o evento o Ricardo Viegas D"Abreu avançou também que ainda este ano, vai ser lançado o concurso publico internacional de concessão do corredor de Moçâmedes para a concessão da Linha Ferroviária de Moçâmedes, uma das mais importantes infra-estruturas de transporte do Sul de Angola.
O objectivo é criar uma parceria público-privada (PPP) que reforce a competitividade logística nacional e consolide o papel do país como hub regional na África Austral.











