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Economia

Crude cai com fracas perspectivas

SEMANA DE 12 A 17 DE JULHO

Mercado receia que a possibilidade de cessar-fogo definitivo no conflito entre Israel e Hamas possa normalizar a oferta de crude ao mercado. Fracos dados económicos globais condicionam perspectivas quanto à procura.

Os preços do petróleo registaram um saldo semanal negativo, depois de quatro semanas com saldo positivo. O WTI, nos Estados Unidos, acumulou uma descida de 0,36% para 80,80 dólares por barril, enquanto o Brent em Londres recuou 1,30% para 83,67 dólares por barril.

A negociação do crude foi afectada por fracas perspectivas com a economia global. O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou esta semana um update do World Economic Outlook, onde manteve a previsão de desaceleração do crescimento mundial em 3,2% este ano, apontando para riscos geopolíticos e de aumento da inflação. O FMI reduziu a previsão de crescimento dos Estados Unidos para este ano de 2,7% para 2,6%, devido a um consumo mais lento do que inicialmente esperado no princípio do ano.

O crescimento da China foi revisto em alta de 4,6% para 5%. Entretanto, esta semana foram publicados também dados sobre o desempenho recente da economia, tendo sido revelado, no segundo trimestre deste ano, o pior ritmo de crescimento dos últimos cinco trimestres, afectado pelo fraco desempenho do sector retalhista e a prolongada crise no sector imobiliário. A queda dos preços também reflectia os receios quanto à possibilidade de um cessar-fogo definitivo no conflito entre Israel e Hamas, o que poderia normalizar a oferta de crude ao mercado, à medida que avançam as negociações.

Por seu lado, no mercado accionista, os índices bolsistas acumularam um saldo positivo, na semana em que foi divulgada a inflação dos Estados Unidos, que se fixou em 3% em Junho, o valor mais baixo em 12 meses. No seguimento, o presidente da Reserva Federal dos EUA (Fed) referiu que os cortes dos juros estão mais próximos de acontecer, tendo animado os mercados.

Na bolsa norte-americana, o índice industrial Dow Jones e o NYSE Composite valorizaram mais de 4% na semana. Na Europa, as maiores valorizações foram observadas nos índices DAX da Alemanha, PSI 20 de Portugal e IBEX 35 da Espanha, que tiveram crescimentos acima dos 1%.

No mercado dos metais preciosos, o ouro e a platina valorizaram mais de mais de 3%, numa semana em que o preço do ouro atingiu um máximo histórico, acima de 2.473 USD por onça, devido à crescente expectativa de que a Fed corte os juros três vezes este ano.

Nas commodities agrícolas, o trigo, o café e o cacau caíram significativamente devido à expectativa de maior colheita este ano entre os grandes produtores, com destaque para o Brasil.

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