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Economia

Fed e menos oferta apoiam petróleo

SEMANA DE 13 A 18 DE SETEMBRO

O mercado petrolífero mostrou-se optimista com uma política monetária menos restritiva. Por outro lado, preocupações com a oferta, devido à indisponibilidade de produção o Golfo do México e Líbia, favorecem os preços.

Na última semana, os mercados estiveram confiantes quanto ao primeiro corte de juro da Reserva Federal norte-americana (Fed), dada a actual trajectória descendente da inflação.

Em Agosto, esta cedeu para 2,5%, o valor mais baixo desde Março de 2021. De referir que, na semana passada, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu cortar, sela segunda vez, as suas principais taxas de juro em 25 pontos base, depois do corte efectuado em Junho na mesma dimensão. O sentimento optimista nos mercados bolsistas foi apoiado por outros indicadores económicos positivos da economia norte-americana.

As vendas a retalho aumentaram em Agosto cerca de 0,1% face ao mês anterior, e 2,1% comparativamente ao mês homólogo de 2023, enquanto a produção industrial aumentou 0,8% em relação ao mês anterior, superando as expectativas de mercado.

Nos Estados Unidos, os índices acumularam ganhos de mais de 2%, com destaque para o tecnológico Nasdaq e o agregador S&P 500, que subiram 3,72% e 2,55%, respectivamente. Já na Europa, o índice agregador do continente, o Euro Stoxx 600 avançou 1,45%, enquanto o DAX da Alemanha, a maior economia do bloco económico, cresceu 2,44%.

No mercado petrolífero, os preços valorizaram mais de 4% comparativamente à semana anterior. Os futuros do petróleo Brent para Novembro fecharam a sessão de quarta- -feira perto dos 73 dólares americanos o barril, e o WTI para Outubro fechou em 71 dólares por barril.

Além da influência da política monetária global, os preços foram afectados por preocupações com a oferta de crude dos EUA, onde mais de 12% da produção de petróleo do Golfo do México ficou indisponível após a passagem do furacão Francine e pela nova interrupção do fornecimento na Líbia, onde uma divergência entre facções rivais sobre o controlo do banco central levou à redução da produção e das exportações de petróleo do país.

O cenário de redução dos juros nos EUA penalizou o Dólar americano. O índice DXY da Bloomberg, que acompanha a evolução do USD face a 8 moedas fortes, cedeu 0,71% na semana, para 100,91 pontos. Assim, o par Eur/Usd situou-se em 1,11, representando uma subida de 0,91%.

Edição 794 do Expansão, de sexta-feira, dia 20 de Setembro de 2024

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