No seu relatório mensal, apresentada nesta segunda-feira, a OPEP elevou a fasquia das suas previsões de procura global para 2022, um aumento de 900 barris por dia, ficando assim nos 100,8 milhões de barris por dia, com a China a consumir 15 milhões dia, 1,5 milhões a mais do que consumia em 2019.

Este aumento da necessidade de produção no conjunto dos países que fazem parte da OPEP, entre os quais se inclui Angola, deve-se a dois factores: o aumento global do consumo de combustíveis as quedas de produção noutros lugares, como se viu, recentemente, no Golfo do México após a passagem devastadora do furação Ida, mas não só, a produção no Mar do Norte e no México também está abaixo do previsto.

No entanto, nos meses imediatos, ainda haverá um déficit de oferta, com vários países a terem necessidade de dinimazar a sua produção interna, e, mais uma vez, Angola é um bom exemplo disso mesmo.

Apesar da variante Delta e de alguma incerteza no que tem a ver com a pandemia, o consumo de combustíveis recupera e o mercado turístico também.

"A recuperação económica global em combinação com uma recuperação da mobilidade, elevou significativamente a procura do petróleo no primeiro semestre do ano", pode ler-se no relatório hoje divulgado da OPEP, a partir da sede da organização, em Viena, na Áustria.

A estimativa foi revista e está agora em 1,12 milhões de barris por dia em 2022, segundo a Bloomberg. O consumo deve aumentar globalmente em cerca de 4,2 milhões de barris por dia no próximo ano, passando assim a uma produção global de 100,8 milhoes de barris por dia, 980 barris por dia a mais do que a previsão do mês passado.

A OPEP não deixa de assinalar alguma preocupação com a fraca produção de alguns dos seus membros, em concreto, os países africanos. Na Nigéria, a quebra de produção está nos 114 mil barris por dia.

O petróleo esteve hoje a ser negociado a 73 dólares o barril, isto imediatamente após o relatório da OPEP. Os preços do petróleo, ao longo do ano, tiveram uma subida de cerca de 40%.

O relatório diz ainda que a produção petrolífera aumentou no passado mês de Agosto em cerca de 150 mil barris por dia, passando para os 26,75 milhões de barris por dia, com o Iraque a a Arábia Saudita a liderarem este aumento de produção.