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Economia

Western Union retoma serviços em Angola e aponta a aumento do valor máximo

Economia

Empresa global de transferências de dinheiro anuncia regresso dos serviços em Angola com alargamento das operações. Da nova estratégia operacional deverá incluir transferências pessoa a pessoa e digitalização das operações.

Os serviços da Western Union, empresa global de transferências monetárias, voltaram a estar activos em Angola , quase oito anos depois de terem sido suspensos no País por conta da crise financeira que "secou" os dólares do país e tirou negócio à empresa. Neste regresso, a entidade antecipa que vai negociar com o Banco Nacional de Angola (BNA) a possibilidade de aumento do valor a transferir por mês por cliente, de acordo com o presidente da companhia para Europa, Oriente Médio e África e Ásia e Pacifico, Jean Claude Farah.

Antes de ter suspenso os seus serviços em Angola, a empresa permitia que os seus clientes realizassem operações de transferências de até cinco mil dólares. Com a nova regulamentação angolana, que permite até dois mil dólares por pessoa, ao mês, a Western Union vê aqui margens para discutir com o regulador a possibilidade de alargamento dos limites de valor a enviar.

A partir desta semana, os agentes económicos que pretendam enviar ou receber dinheiro de outros países podem fazê-lo, também, por via deste canal, que ficou interrompido por vários anos no país. Para já, neste regresso dos serviços, a empresa está a operar com apenas dois bancos e uma empresa de transferências, nomeadamente o BCI, o Banco Millennium Atlântico e a Unitransfer, mas a expectativa da gestão da entidade é de que este número cresça. Ou seja, mais bancos poderão estar habilitados a operar o serviço no país, mas terão de se submeter, primeiro, ao que o sector financeiro chama de Know Your Customer (KYC), que significa "conheça o seu cliente".

Ao Expansão, Jean Claude Farah avançou que, para se juntar à Western Union nas operações de envio de remessas, os bancos ou empresas interessadas são submetidos a um rigoroso processo de avaliação, com vista a apurar se estas cumprem ou não com as requisitos exigidos pela organização ou se operam de acordo com a legislação do mercado em que actuam. "Trabalhar com os governos e com reguladores é de estrema importância para nós. Foi por essa razão que, nos últimos anos, apesar de termos mantido sempre os nossos serviços de recepção de dinheiro operacional, os nossos serviços de envio estiveram limitados respeitando, como não poderia deixar de ser, as regulamentações nacionais do sector", apontou o presidente da organização.

Jean Claude Farah considera que os esforços do regulador nacional, o BNA, tiveram grande impacto na retoma dos serviços. "Graças aos esforços significativos do BNA para implementar reformas estruturais e construir uma base económica sólida para o País, estamos novamente em condições de oferecer aos nossos clientes uma oferta integrada de recepção e envio de dinheiro", justificou.

Actualmente, a Western Union facilita operações de transferências para mais de 200 países em todo mundo, além de ter mais de 55 mil agentes. No mundo todo, só na Coreia do Norte e Irão é que a empresa não tem disponível os seus serviços.