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Extracção de petróleo recua 0,5% e indústria transformadora cresce 11,1%

ÍNDICE DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL NO III TRIMESTRE DE 2024

A extracção de petróleo continua a ser o grande motor do desenvolvimento da actividade industrial no País. Apesar do recuo, o "ouro negro" ainda é o produto mais exportado. Já a extracção de diamantes esteve em alta durante o período em análise e a produção de bens intermédios também cresceu.

O Índice de Produção Industrial (IPI) no III trimestre de 2024 registou um crescimento de 3,4% com relação ao mesmo trimestre de 2023, influenciada pelos aumentos nas indústrias transformadoras com 2,7 pontos percentuais (p.p.), "produção e distribuição de electricidade, gás e vapor" com 0,5 p.p. e indústrias extractivas com 0,2 p.p, indicam os dados do inquérito do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados recentemente.

Comparativamente ao trimestre anterior, isto é, de Abril a Junho do ano passado, a actividade industrial observou um avanço de 3,3%.

O inquérito à produção industrial (IPI) realizado pelo INE abrangeu 351 estabelecimentos seleccionados a nível nacional, com destaque para as províncias de Luanda, Bengo, Cabinda, Benguela, Huíla, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Lunda Norte, Malanje, Uíge, Zaire, Huambo, Namibe e Bié. Das 351 unidades visitadas, 57,3%, ou seja, 201 estabelecimentos, estão em Luanda.

A justificação é simples. Os industriais e gestores garantem que Luanda é a província que reúne condições para o desenvolvimento da actividade empresarial, enquanto o resto do País está distanciado da realidade da capital. "Grande parte dos investimentos e intenções são direccionados para Luanda. Se olharmos para os dados da AIPEX facilmente notaremos este desfasamento", disse uma fonte ligada à indústria transformadora. No I trimestre de 2023, o indicador que mede a produção nacional atingiu os mínimos de sempre ao fixar-se nos −6,2% (ver gráfico). A inversão da marcha de queda verificou-se no trimestre seguinte e só regressou a terreno positivo no terceiro trimestre de 2023.

Nos últimos dois anos, o indicador da produção industrial em Angola atingiu o máximo no I trimestre de 2024, pressionado pelo crescimento da indústria extractiva e das indústrias transformadoras, tendo atingido os 5,0% em termos homólogos.

Segundo os dados do INE referentes ao III trimestre do ano passado, dentro das indústrias extractivas, a extracção de petróleo caiu 0,5% comparativamente a igual período do ano anterior e a produção de diamantes disparou 25,6% durante o período em referência. Se a indústria extractiva registou uma queda em termos homólogos, o mesmo não acontece na variação trimestral, ou seja, a extracção de petróleo extractiva no III trimestre cresceu 4,1%, enquanto a produção de diamantes aumentou 18,4%. As indústrias extractivas valem 87,2% do Índice de Produção Industrial, pelo que qualquer variação nestas indústrias tem um impacto profundo no inquérito do INE.

Já as indústrias transformadoras e a produção e distribuição de electricidade, gás e vapor avançaram 5,3% e 8,7% respectivamente, em comparação com o terceiro trimestre de 2023. No sentido inverso, esteve a captação, tratamento e distribuição de água e saneamento, que caiu 6,1% no terceiro trimestre de 2024.

Ainda assim, as indústrias transformadoras, que valem 10,1% de todo o indicador, tiveram um crescimento de 11,1%. Dentro das transformadoras, a maior queda foi registada no subsector das bebidas e do tabaco, que viu a sua produção cair 4,6% no III trimestre do ano passado.

Por outro lado, a indústria da madeira, durante o período em referência, foi a que mais cresceu, tendo registado um aumento de 5,5%, comparativamente ao mesmo período de 2023, enquanto as indústrias alimentares, entre Julho e Setembro de 2024, cresceram 2,8%. No sentido contrário, a empurrar a indústria transformadora para baixo, esteve a produção de bebidas e a fabricação de têxteis, vestuários e calçados, cuja produção fechou o período em referência nos −4,6% e −3%, respectivamente.

Leia o artigo integral na edição 809 do Expansão, de sexta-feira, dia 17 de Janeiro de 2025, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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