Genea Angola vai apostar em projectos de baixo custo
A empresa tem já construídas mais de 800 unidades habitacionais e 80 escritórios. O município de Viana, em Luanda, é o que alberga o maior número de projectos da construtora.
A Genea Angola, empresa de construção civil e promoção imobiliária, prevê implementar, nos próximos tempos imobiliários de baixo custo, nas proximidades da comuna do Camama e do novo aeroporto internacional de Luanda, avançou o seu director-geral, Leandro Ang.
Sem revelar o valor do investimento, o gestor disse ao Expansão que, neste momento, decorrem os estudos para o processo de viabilização de loteamento para os novos projectos, que, conforme frisou, visam facilitar os jovens na obtenção de casa própria.
"O nosso próximo desafio é tentarmos viabilizar projectos mais económicos que possibilitem aos jovens comprarem o seu primeiro imóvel em Angola", referiu. De acordo com Leandro Ang, a empresa está a investir também em novos serviços que têm que ver com a distribuição, agricultura e manufactura, no quadro da diversificação da sua carteira de negócios. O gestor indicou como exemplo os investimentos que estão a ser feitos na automação da divisão de agricultura, na província do Bengo.
Neste momento, acrescentou, está também em curso a implementação de um novo projecto imobiliário para escritórios denominado Vitória Office, assim como as obras de ampliação do Ginga Shopping.
Actualmente, a Genea Angola tem no País mais de 800 unidades habitacionais e 80 escritórios. Os preços das residências variam entre 17,7 milhões Kz e 36 milhões Kz. Projectos como Ginga Isabel, Ginga Shopping, Residencial Ginga Cristina, Residencial Ginga e Ginga Renata, fazem parte do grupo de empreendimentos erguidos pela construtora.
O gestor não avançou a facturação conseguida em 2014, mas adiantou que, nos últimos dez anos, o volume de negócios realizado pela empresa anda à volta dos 400 milhões USD (45 mil milhões Kz).
Município de Viana é o privilegiado no investimento
Leandro Ang referiu, por outro lado, que, com a expansão dos projectos imobiliários para fora do centro de Luanda, o município de Viana tem sido uma das primeiras opções de investimentos para projectos dirigidos à classe média, no País.
"Antes o que era uma região mais residencial e rural passou a ter maiores opções de lazer, educação e comércio, graças à criação dos vários condomínios, da abertura do Ginga Shopping e também pelas melhorias de acesso, quer seja nas vias públicas, quer na distribuição de água, luz e esgotos", referiu Leandro Ang. Para a Genea Angola, considera o seu director-geral, a escolha de investir em Viana foi desde o início estratégica.
Em 2005, explicou, ano em que a empresa iniciou a actividade no País, não existiam moradias disponíveis na região de Viana, apesar do número de indústrias que já detinha. "Na altura, a especulação imobiliária já estava latente na zona de Talatona e no centro da cidade, impossibilitando a compra de terrenos e a criação de condomínios direccionados para uma classe média emergente", sublinhou.
Reforçou que o principal foco da empresa é a aposta em projectos que visam dar resposta à procura pela juventude da primeira moradia. Em acréscimo, o gestor frisou que os futuros projectos da empresa foram desenhados para corresponder aos rendimentos da classe média angolana. Precisou os projectos habitacionais na zona de Viana tinham como público-alvo maioritariamente funcionários de empresas petrolíferas e de bancos.
Já os escritórios atendiam a profissionais liberais. Há cerca de dez anos no mercado, a Genea Angola tem a sua sede no município de Viana e emprega cerca de 200 pessoas.