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Sector segurador vale 3,4% do total das negociações na BODIVA

I SEMESTRE DE 2025

Este crescimento do sector segurador nas negociações da BODIVA deve-se essencial pelo crescimento de 585% para 53.519 milhões Kz dos Fundos de Pensões.

As seguradoras e os fundos de pensões negociaram 80.259 milhões Kz em instrumentos financeiros na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), equivalentes a 3,4% dos 2,3 biliões Kz negociados na bolsa no I semestre, de acordo com os cálculos do Expansão com base no relatório semestral da Comissão de Mercado de Capitais (CMC).

O montante negociado no mercado de capitais por sectores institucionais e não institucionais neste primeiro semestre do ano cresceu 11% para 2,3 biliões Kz face aos 2,1 bilhões Kz registados no mesmo período de 2024. Um crescimento justificado pelo aumento dos títulos da dívida pública negociados na bolsa, já que representam 99,9% das negociações da Bodiva.

Só os fundos de pensões ficaram com 2,3% das negociações, e os activos nos quais investiram foram acções, obrigações de tesouro não reajustáveis e unidades de participação.

Já no caso das seguradoras, estas tiveram uma participação de 1,1% com investimentos em acções e em obrigações do tesouro não reajustáveis, de acordo com a Comissão do Mercado Capitais.

Contas feitas, as negociações do sector segurador na BODIVA beneficiaram do crescimento em 585% para 53.519 milhões Kz das negociações dos Fundos de Pensões e também do próprio segmento de seguros que registou um crescimento de 102% para 26.740 milhões Kz.

Apesar de o sector apresentar esta tendência de crescimento em termos de negociações na BODIVA, ainda assim, operadores apontam que a sua participação continua baixa se comparado com outros países da região. No entanto, estes mesmos continuam a apontar a pouca diversificação de produtos no mercado de capitais.

"O mercado precisa de ter mais instrumentos de curto prazo. E quando isso acontecer é que as seguradoras vão ter uma grande contribuição nos mercado de capitais. Aliás, não é por acaso que a maior parte das seguradoras investem mais em depósitos a prazo. Porque as suas responsabilidades são de curto prazo, com a excepção dos fundos de pensões", admite a economista Maria de Jesus.

Por outro lado, sublinhou que enquanto o ramo Não Vida continuar a ter maior expressão, que está à volta de 94%, que o ramo vida, que é suportado por prémios de investimento de médio e longo prazo, não vai haver grandes alterações no mercado de capitais em termos de participação das seguradoras.

"A excessiva dependência da dívida pública também acaba por ser um problema, por isso, é importante apostar em outros produtos e os operadores do mercado também precisam conhecer estes produtos para que invistam em outros instrumentos", aponta a economista.

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